Marília

Comissão vai procurar juiz para reverter interdição de hospital de Garça

Comissão vai procurar juiz para reverter interdição de hospital de Garça

Advogados, representantes do poder público e da comunidade devem formar uma comissão que vai procurar a Justiça de Garça para discutir fim da interdição de internações no Hospital psiquiátrico André Luiz, de Garça.

O grupo deve sugerir ao juiz José Augusto Franca Júnior e ao Ministério Público um acordo com prorrogação de prazo para que o hospital faça obras e obtenha os laudos pedidos pela Justiça para funcionamento.

A formação da comissão foi decidida na tarde desta terça-feira em encontro com dezenas pessoas na Câmara da cidade. Participaram representantes da Prefeitura, OAB, conselhos de profissionais da saúde, clubes de serviços, familiares de pacientes e funcionários.

O encontro levou para a cidade o presidente do Sindicato dos Empregados na Saúde de Campinas e Região, que envolve a base de Marília, Edison Laércio de Oliveira. O Sindicato denuncia sucateamento de hospitais psiquiátricos para extinção deste tipo de instituição.

Segundo a psicóloga e diretora técnica do Hospital, Eliana Boaretto, o encontro de hoje reuniu aproximadamente 150 pessoas preocupadas com a situação do hospital desde a interdição, que proíbe o hospital de receber novos pacientes.

O encontro será transformado em uma ata que será levada à Justiça e também divulgada à população. Segundo Eliana muitos dos presentes demonstraram interesse em participar do encontro no Judiciário, mas a decisão foi formar uma comissão limitada para a conversa.

Enquanto a comissão trabalha, a ação judicial que provocou a interdição segue em andamento, bem como um recurso protocolado pelo Hospital junto ao Tribunal de Justiça.

O André Luiz, que oferece 230 vagas, tem aproximadamente 40 leitos livres, com recusa de pacientes por causa da medida, e perdas diárias de recursos.  Atende pacientes em diagnóstico geral de psiquiatria, incluindo casos de dependência química. É a única instituição que oferece vagas para adolescentes do sexo feminino na região.

O hospital funciona há 52 anos,  tem pouco mais de 150 funcionários e concentra a maior parte de seu atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para pacientes de baixa renda.