Marília

Ocupação nas escolas em legítima defesa dos alunos e professores.

Reestruturação escolar interessa a quem?

Essa é uma pergunta que vem me afligindo nos ultimos dias, e passei a buscar respostas para essa “nova” proposta do governo estadual, e cheguei a uma conclusão que de “nova”  essa reestruturação não tem nada.

Em 1995 o governo do Estado de São Paulo propos que ocorresse uma re-formulação do ensino, separando assim os ensinos – primário, ginásio e colegial – o governador da época Mário Covas (PSDB) argumentava que essa separação seria benéfica para todos: professores e estudantes, porém isso não ocorreu e o resultado dessa reeorganização escolar sentimos até os dias de hoje com um ensino publico de péssima qualidade, salas de aula super lotadas e uma desvalorização dos docentes.

O então governador Geraldo Alckimin (PSDB) em 2015 determinou que haverá uma reestruturação escolar no Estado de São Paulo, onde alunos da rede estadual serão remanejados para outras escolas que já possuem alunos, pois separará o ensino fudamental que é da 5° série ao 9° anos do ensino médio que é do 1° ano ao 3°. Logo as escolas que já tem o ensino fundamental ou médio receberão novos alunos. E essas essas escolas que se esvaziarão irão dar espaço para futuras FATECS, ETECS e talvez creches.

Eis o princípio do caos.

Pois em vez de construir novas escolas, ou prédio para as FATECS, ETECS e creches ele irá reeutilizar essas escolas que farão parte da reestruturação escolar.

Sem pensar nas consequências, o governador diz que isso será para o bem da população que depende do ensino público, e o problema está exatamente aí! Pois quem depende do ensino publico são filhos de trabalhadores, a popoulação pobre. Nãon precisa ter uma bola de cristal para adivinhar o que vai acontecer com o futuro da educação pública que já é bem precária.

Algo que é previsível é de que vários alunos troquem o ensino público para o ensino particular, enriquecendo assim os donos de escolas privadas.

Outro ponto, é que a maioria dos alunos que serão remanejados moram proximos à escolas que estudam, e com isso passarão a estudar de 3 a 4 km de distancia de sua casa e é bem capaz de ter que utilizar o transporte coletivo, fazendo com que os donos das empresas de transporte faturem mais e mais sem proporcionar uma qualidade ao serviço.

Um dos problemas que acredito ser o pior é que em algumas escolar o turno da noite será fechado, fazendo com que alunos que trabalham durante o dia abandonem seus estudos. Pois o aluno que trabalha não se pode dar o luxo de só estudar, ele precisa sobreviver, por isso tem jornada dupla: trabalha durante o dia e estuda a noite. E mais uma vez o indice de abandono escolar alcançará altos números.

Os professores das escolas fechadas ficarão na geladeira, pois não terão turmas para dar aulas, e consequetemente não haverá mais vagas para futuros profssores.

Pois bem, essa proposta do governo é um crime contra o direito dos cidadãos, por isso é legitima a união de alunos, pais e professores contra essa atrocidade do governo do Estado de São Paulo que há mais de 20 anos vem decepando a qualidade das escolas da rede estadual.

Fica declarado que o apoio às ocupações é algo fundamental para que mostremos que a população não é tola e que não vai aceitar mais esse crime.

Fontes:
http://www.pco.org.br/movimento-operario/em-1995-50-mil-professores-demitidos-8-mil-salas-de-aula-fechadas-105-escolas-desativadas/sijo,s.html
http://www.vermelho.org.br/noticia/271738-8