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DINOSSAUROS - Mostra com peças da USP celebra 11 anos de Museu em Marília

DINOSSAUROS - Mostra com peças da USP celebra 11 anos de Museu em Marília

O Museu de Paleontologia de Marília completa 11 anos nesta quarta e celebra a data com exposição de réplicas de crânios de dinossauros emprestados pela USP. São peças representativas de fósseis de três espécies e ficam em exposição até fevereiro, quando termina o período de férias.

O Herrerasaurus foi um pequeno dinossauro bípede e carnívoro, que viveu no Período Triássico, o primeiro da Era dos Dinossauros, entre 230 e 220 milhões de anos. É considerado um dos mais primitivos, com raros registros fósseis. A réplica a ser exposta em Marília é de um animal descoberto na Argentina.

Já Deinonychus e Saichania viveram durante o Período Cretáceo, entre 90 e 80 milhões de anos. Deinonychus  foi um astuto predador, apesar de pequeno, possuía dentes afiados e garras recurvadas para trás, usadas talvez para dilacerar as presas.

Recentes achados fósseis desse grupo de dinossauros carnívoros, que eram parentes do famoso Velociraptor, indicam que possuíam estruturas semelhantes a penas, sendo considerados antepassados das aves atuais. O crânio replicado foi encontrado na América do Norte.

O Saichania foi um Anquilossauro, couraçado, ou seja, possuía placas ósseas que cobriam a região anterior do corpo, como crânio, pescoço e talvez até a cauda, como atestam os achados fósseis. Calcula-se que media entre 4 e 6 metros de comprimento, e tinha dieta herbívora.  A peça trazida a Marília é replicada de um fóssil encontrado na Mongólia.

Outra atividade no aniversário do museu será a distribuição de origamis de dinossauros para crianças, feitos pelas funcionárias do museu.

O Museu já mantém o permanente de fósseis de dinossauros, crocodilos e outros organismos descobertos na região pelo pesquisador Willian Nava. O trabalho voluntário e independente que ele faz desde1993 permitiu a criação do museu, inaugurado em 2004.

“É uma honra poder compartilhar todo esse conhecimento adquirido ao longo de tantos anos de pesquisa, estudos e escavações. Recebemos milhares de pessoas do Brasil e também de outros países, pois o Museu é um grande disseminador de conhecimento sobre o tema”, disse Nava. A equipe do Museu envolve ainda a educadora Izabel Brandão e as estagiárias Natália e Juliana. Atualmente o horário de funcionamento do museu é das 8h às 14h.