Marília

Marília tem barragem de resíduos e já viveu até risco de vazamento

Marília tem barragem de resíduos e já viveu até risco de vazamento

Uma barragem para conter carga de resíduos tóxicos produzida no antigo lixão coloca Marília na lista de cidades com atenção para este tipo de estruturas depois do acidente que devastou vilarejos e provocou danos irreparáveis ao meio ambiente em Minas Gerais.

A Barragem de Marília foi construída em 2008 para fazer a contenção do aterro, das águas de chuva e chorume, líquido provocado pela deterioração de lixo orgânico, misturado a lixo químico despejo sem qualquer tipo de reciclagem na cidade.

Condenada a adequar a estrutura de depósito do lixo, a prefeitura teve que implantar sistemas de drenagem do chorume e contenção da chuva contaminada pelos resíduos. Criou caixas de cargas para o chorume e implantou a barragem, que envolve  estrutura física de contenção com sistema de mantas para impermeabilizar a reserva e impedir penetração no solo.

A barragem teve até momento de risco de vazamentos e danos, mas a descoberta precoce e as obras na construção impediram um desastre ambiente. Isso porque o lixão fica ao lado do Córrego da Prata, um ribeirão de 14km que atende fazendas e a zona rural de Avencas e vai até o rio do Peixe.

O córrego já sofreu anos de infiltração e poluição até a barragem ser criada. O lixão foi desativado, o que diminui impacto de chorume, mas ainda há anos de depósito, muitas vezes mal feito, a serem recuperados.

A área do lixão hoje é usada como descarga e preparação do lixo para transbordo. Marília paga para depositar seu lixo em aterros sanitários terceirizados em outras cidades.  A Barragem e o transbordo são fiscalizados pela Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo).

Quando a barragem atinge níveis altos de depósito, o chorume precisa ser retirado e levado para depósitos em estações de tratamento de esgoto, serviços que a cidade paga também por não ter estruturas adequadas.