Marília

Servidores ameaçam parar Complexo Famema até receber 13º

Servidores ameaçam parar Complexo Famema até receber 13º

Funcionários do Complexo Famema participaram nesta quarta-feira de duas assembleias para discutir o atraso no pagamento da primeira parcela do 13º salário e ameaçam iniciar greve a partir do dia 9, próxima quarta-feira. A proposta já foi aprovada na primeira reunião e está neste momento (19h) em discussão na segunda.

Segundo o sindicato da categoria, participaram do primeiro encontro aproximadamente 250 funcionários. A segunda assembleia para envolver trabalhadores de outros setores e turnos de trabalho que não puderam estar na primeira, tem menos adesões.

Com aproximadamente 1.500 funcionários, o complexo Famema envolve três hospitais, ambulatórios e serviços de especialidades, o Hemocentro e as faculdades de medicina e enfermagem. O Complexo é responsável por atendimento, especialmente de média e alta complexidade, para pacientes de 62 cidades da região.

A primeira parcela – 50% – do 13º salário deveria ter sido paga no dia 30, segunda-feira. A Famema argumenta que não recebeu repasse estadual para cobrir as despesas e nem define prazo para fazer o pagamento.

“O 13º não é um gasto que aparece de última hora. Tem 11 meses para planejar e programar o pagamento”, argumentou o diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde, Aristeu Carriel.

Segundo o sindicalista, a entidade tentou acordo e contato com a Famema até a manhã de hoje antes de iniciar as discussões sobre greve. “Falei com a diretoria pela manhã, mas a resposta que tem é a falta de repasse, não tem prazo para pagar.”

A paralisação foi marcada para o dia 9 para permitir toda a organização legal do protesto, que envolve notificação oficial da empresa, prazo mínimo de resposta e também estruturação dos serviços essenciais, que não podem ser paralisados.

Em julho deste ano os trabalhadores do complexo já iniciaram uma greve para tentar reajuste salarial. Em fase de crise financeira histórica e denuncia de corte de repasses estaduais, a Famema não reajustou salários.

A greve começou com pouca adesão e acabou suspensa por que os trabalhadores entenderam a dificuldade em manter o protesto com momento interno tão delicado e conturbado. A situação melhorou um pouco, a Famema cortou serviços, reduziu atendimentos e conseguiu verbas emergenciais, mas não mexeu nos salários e agora ficou sem pagar.