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Em dia de novos protestos, Alckmin suspende reorganização escolar

Protesto de alunos fechou Unesp em apoio à campanha dos sencudaristas
Protesto de alunos fechou Unesp em apoio à campanha dos sencudaristas

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, suspendeu hoje (4) decreto sobre a reorganização escolar no estado. A proposta previa o fechamento de 93 unidades de ensino em todo o estado e a transferência de 311 mil alunos. A medida será detalhada em entrevista coletiva a partir das 13h.

Nesta semana, de protestos de estudantes e universitários contrários à proposta se intensificaram. A Polícia Militar tem usado bombas de gás e spray de pimenta para conter as manifestações. Como forma de protesto, estudantes também ocuparam várias escolas.

No dia 1º deste mês, o governo paulista publicou decreto que autorizava a transferência de professores para a implementação da reorganização escolar. O decreto abre possibilidade de a Secretaria da Educação fazer, por resolução, as transferências, inclusive de professores, com cortes de pessoal e fechamento das escolas.

Segundo o governo, o objetivo da proposta era separar as escolas por ciclos, entre anos iniciais e finais do ensino fundamental e do médio. O decreto indicava que as transferências ocorrem “nos casos em que as escolas da rede estadual deixarem de atender um ou mais segmentos ou quando passarem a atender novos segmentos”.            

Mas a medida provocou onda de ocupações de escolas em todo o Estado, inclusive em Marília, e nos últimos dias também causou manifestações de estudantes e movimentos sociais.

Pela manhã a campanha contra a reorganização ganhou apoio de estudantes universitários. Em Marília os alunos fecharam a Unesp e impediram até entrada de funcionários. Em São Paulo alunos da USP protestaram na avenida Paulista e a PM reprimiu com bombas de gás e tropa de choque.