Educação

Secretário da Educação cai após adiamento de reforma

Secretário da Educação cai após adiamento de reforma

A decisão do governador Geraldo Alckmin em adiar a reorganização escolar provocou a queda do secretário estadual da Educação, Herman Voorvald, que pediu demissão do cargo. O governo aceitou.

A suspensão foi anunciada nesta sexta-0feira, em meio a novos e maiores protestos contra a medida. Na mesma coletiva, o governador disse que o processo deverá ser discutido escola a escola.

A reforma, que seria implantada em 2016 e levaria ao fechamento de 93 escolas, foi suspensa para que seja aberto diálogo com a comunidade escolar no próximo ano.

“Nossa decisão é adiar a reorganização e rediscuti-la escola por escola, com a comunidade, com os estudantes e, em especial, com os pais dos alunos”, disse em entrevista coletiva. Os estudantes permanecem estudando nas escolas onde estão matriculados.

Herman Jacobus Cornelis Voorwald, foi nomeado em 2011. Natural de Rio Claro, interior paulista, foi reitor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de janeiro de 2009 a dezembro de 2012, professor titular do departamento de materiais e tecnologia da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá (FEG) da Unesp desde 1996 e membro do Conselho Superior da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e da Associação Brasileira de Ciências Mecânicas. 

Herman Voorwald foi também vice-reitor e assessor-chefe de Planejamento e Orçamento da Unesp no quadriênio 2005-2009.É formado em engenharia mecânica pela Unesp, mestre em engenharia mecânica pelo ITA e doutor em engenharia mecânica pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em 1988. Neste ano, concluiu também um pós-doutorado na Bélgica.

Manifestações

Nesta semana, além das ocupações, estudantes bloquearam avenidas importantes da capital paulista e foram reprimidos pela Polícia Militar. Ontem (3), seis jovens foram detidos e três permaneceram presos e, entre as acusações, estava corrupção de menores. Hoje (4), novos protestos ocorreram na Avenida Paulista, e a PM usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para reprimir os estudantes.

Alckmin reforçou que está convicto de que a reorganização é a uma medida importante para a melhoria do ensino, mas que atenderá ao pedido dos estudantes. “Recebi a mensagem dos estudantes e dos seus familiares com as suas dúvidas e preocupações com relação à reorganização das escolas no estado de São Paulo”, afirmou. Ele deixou a coletiva sem responder a perguntas dos jornalistas.