A diretoria regional do Sinsaúde (Sindicato os Trabalhadores em estabelecimentos de Saúde) confirmou na manha desta terça-feira convocação de greve em todo o Complexo Famema, incluindo Hospital das Clínicas, Materno Infantil e São Francisco, para a manhã desta quarta-feira.
A paralisação, marcada para começar às 6h, é um protesto contra a falta de pagamento da primeira parcela do 13º salário, que deveria ter sido recolhida no dia 30 de novembro. Segundo a direção da Famema, a instituição aguarda repasse do governo estadual para fazer o pagamento.
O diretor regional do sindicato, Aristeu Carriel, disse ao Giro Marília que a greve deve suspender atendimento eletivo em consultas e exames mais simples, além das atividades nas faculdades de medicina e enfermagem. Também deve reduzir trabalho em serviços como lavanderia, administração e manutenção.
Segundo o Sindicato, setores de urgência e emergência e tratamentos de alta complexidade, como de radioterapia, ressonância e outros que envolvam doenças crônicas, não devem ser afetados.
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“Pode haver eventualmente uma redução de pessoal, mas nosso objetivo não é prejudicar a saúde de ninguém, vamos fazer escala pra os serviços essenciais.” Aristeu comparou o momento com a greve convocada em julho, e acabou suspensa por falta de adesão.
“Em julho nos tivemos uma greve em luta pelo reajuste, reposição de perdas, em um momento de auditoria, investigação. Agora a participação nas assembleias foi muito maior e é uma questão de um direito certo, renda direta, atraso de pagamento de verba salarial”, explica o sindicalista.
Com aproximadamente 1500 funcionários, a Famema mantém um complicado sistema de gestão que provoca contratações por duas fundações municipais além de uma autarquia.
Vive em 2015 uma crise financeira histórica que já provocou cortes de serviços e atendimento e perda de profissionais, especialmente terceirizados.
