Padre Clécio Ribeiro, pároco e reitor da Catedral São Bento destituído temporariamente de suas funções, está sereno, recluso e pede aos fiéis que dediquem momentos de orações pela tranquilidade na paróquia e em toda a Diocese. Segue em Marília, confiante e tranquilo por sua história de vida e quer voltar às funções, mas vai manter uma postura de obediência à Igreja durante todo o processo.
É esta a mensagem geral do pároco aos fiés de Marília, divulgada nesta terça-feira em contato da família com o Giro Marília.
O afastamento do padre, determinado na noite de sexta-feira pelo bispo Bom Luiz Cipolini, provocou polêmica e reações contra e favor da medida, além de muitas críticas sobre a forma adotada para o procedimento, sem comunicado a comunidade.
Popular por seu modelo de envolvimento com programas de formação, como a catequese, e celebrações, Padre Clécio é sacerdote há 15 anos. Nos próximos dias deve retirar pertences pessoais e desocupar apartamento que ocupa na casa paroquial. Familiares de Araçatuba já havia mudado para Marília e estão com o pároco,
“Ele está sereno, tranquilo. Mais angustiados estão parentes e amigos, angustiados com toda a situação e com a postura de algumas pessoas, de quem julga sem saber, de pessoas que comungavam de suas mãos, procuravam por ele em momentos de angústia, é um problema da condição humana mesmo”, disse ao Giro uma irmã do padre.
Segundo ela, Padre Clécio mostra postura muito obediente, de reclusão e orações mas de fé e confiança que o momento será superado em questão de dias. A família acredita que o caso deva ser submetido aos tribunais eclesiásticos e que o Padre não tem necessidade de provar nada, terá sua historia de atuação a seu favor.
“Acima de tudo tem o nome da Igreja, Somos católicos, a gente confia muito na providência divida. O que me consola muito é a obediência dele à igreja. Em vez de consolarmos a ele, ele é quem nos consola. E tem também toda sua caminhada pessoal, sua conduta ética.”
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Para a família, a história pessoal do padre mostra uma vida religiosa com demonstrações de amor e de entrega à comunidade e ao sacerdócio. Segundo a irmã, o pároco mostrou disposição para comentar o afastamento. “vou ter as férias que sempre relutei em tirar”, teria brincado. “Ele diz que a gente ainda vai rezar uma missa em ação de graças.”
MISSA
A missa da noite desta segunda teve a igreja com muitos lugares vagos na Catedral. Um grupo de fiéis recebeu mensagens na noite de segunda informando que a missa da catedral à noite teria presença do bispo Dom Cipolini e uma mensagem sobre o afastamento.
Mas o bispo não foi. Os fiéis dizem ter recebido mensagem de aquele Dom Luiz teve agenda cheia e estava cansado. A situação reacendeu divulgação e mensagens e debates nas redes sociais.
Além a contrariedade em relação ao afastamento, os fiéis pedem postura de diálogo com a comunidade e lembram outras situações de afastamento polemico de párocos na região com críticas ao modelo de gestão das crises adotado por Dom Luiz.
A Diocese, que emitiu nota na tarde de ontem para atribuir o afastamento a “assuntos particulares” do padre, não fez novas manifestações.
