Uma solenidade com auditório lotado na manhã desta quarta-feira oficializou a lei de incentivos fiscais para estimular crescimento e atração de empresas de Tecnologia da Informação em Marília.
A medida é mais um passo para instalar na cidade um Parque Tecnológico, que seria suporte para desenvolvimento de todos os outros setores da economia da cidade, com desenvolvimento de soluções em informática para empresas, serviços e até produção rural.
O pacote fiscal reduz a tarifa de ISS (Imposto Sobre Serviços) para 2%. A tarifa é o limite mínimo a ser cobrado em qualquer município, um índice criado para encerrar guerra fiscal entre municípios com promessa de vantagens para atrair empresas.
O desenvolvimento do Parque Tecnológico aproveita uma explosão de investimentos no setor de TI, impulsionado pela abertura de cursos de formação e aperfeiçoamento de profissionais no Univem, além da criação de uma incubadora de empresas na área.
O rápido surgimento das empresas levou à formação de uma associação do segmento, que encabeçou a campanha pelos incentivos e integra a mobilização pelo Parque Tecnológico, ao lado da prefeitura, Ciesp e Univem.
Elvis Fusco, presidente da Asserti (Associação das empresas de Serviços de Tecnologia da Informação) e professor do Univem, lembrou que a cidade já é um polo de empresas de tecnologia e que a política de incentivos vai estimular o crescimento desta vocação que já está firmada na cidade.
O prefeito Vinícius Camarinha disse que a perda de receita para a prefeitura neste momento será compensada pelo ganho de arrecadação, geração de mão de obra e atração de investimentos no futuro e lembrou que a lei beneficia outros setores, como transporte e construção civil.
Repercussão
Luiz Carlos Macedo Soares, reitor do Univem – “Com o tempo Marília vai ganhar com essa redução da arrecadação. Estamos a um passo do Parque Tecnológico. Sempre digo o que Einstein dizia sobre crises: a crise é o momento propício para crescer, é na crise que descobrimos talentos, encontramos soluções, crise é um momento para criar. Hoje damos um passo também para enfrentar a crise.”
Chikao Nishimura, diretor regional do Ciesp e dirigente da Jacto de Pompeia – “Estamos saindo de uma era para um novo modelo de informação. A área de TI é fundamental na área de serviços. Se olharmos para o futuro, em alguns anos vamos ter carros sem motorista. A gente em nossa indústria está envolvido com informática. Nosso equipamento está na China ou Rússia e podemos aqui acompanhar o trabalho. Esse avanço vai ser muito importante para o desenvolvimento.”
Elvis Fusco, presidente da Asserti e professor do Univem – O Parque Tecnológico não é apenas para empresas de TI. Vai beneficiar outras empresas, vai permitir apoio, desenvolvimento de todas as outras indústrias. Você tendo uma cidade que tem desenvolvida a TI, você tem desenvolvimento em todas as áreas.”