Giro Marília

Não resolvidos – Dengue, buracos, água; desafios seguem os mesmos

Não resolvidos – Dengue, buracos, água; desafios seguem os mesmos

Alguns dos problemas coletivos de 2015 estão condenados a ser repetidos em 2016 por falta de soluções, de envolvimento coletivo, de investimentos. A cidade chega ao final do ano com preocupações que já existem em dezembro de 2014 e que devem continuar no debate durante todo o ano.

Um destaque é o medo da epidemia de dengue. Mas o problema coletivo mais comum é provavelmente o excesso de buracos, os serviços de reparo que duram poucos dias apesar do custo alto e a dificuldade em transitar por toda a cidade. Relembre desafios que vão estar nas ruas no ano eleitoral.

– Buracos

Anos de abandono e falta de ações de recapeamento deixam a cidade com asfalto antigo e ruas esburacadas em todos os bairros. Culpa de muitas administrações e da falta de políticas de investimento em recuperação os bairros e fiscalização, a cidade tem problemas repetidos e gastos mal feitos.

Casos em todas as regiões da cidade mostram serviços que são repetidos sem solução definitiva. Uma rotatória aberta para atender a UPA da Zona Note – ainda desativada – já passou por quatro reparos em menos de um ano e chega a 2016 com buracos. As marginais do Distrito Industrial também são peneiras em que os reparos duram pouco.

Programa de recapeamento atinge número limitado de ruas, está concentrado no centro e bairros próximos e passa longe da periferia.

– Dengue

Termina o ano da epidemia, com pelo menos 15 mil casos e oito mortes oficiais e suspeitas de números muito maiores que os divulgados e a dengue ainda é um risco. A evolução da doença, que começou em outubro mas só provocou alerta oficial em janeiro, criou o primeiro grande caso de desgaste popular da administração.

As críticas aos serviços públicos provocaram pelo menos duas ações judiciais movidas pelo Ministério Público além de uma denúncia de fraude na contratação da Agroatta, empresa chamada para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

– Chuva e infraestrutura

Sem inundações por rios, já que é uma cidade alta, Marília sofreu com chuvas fortes, vendavais e dificuldade de escoamento da água. Bairros tiveram queda de muros, casas ameaçadas em núcleos populares, prédios destelhados, carros danificados e resposta de serviços lenta e nem sempre eficiente.

Centenas de moradores desabrigados acabaram envolvidos em campanhas de arrecadação que receberam suspeitas de desvios e falha no controle de distribuição. Alguns problemas ainda não foram reparados e cada notícia de vendaval é uma preocupação para as famílias.

– Água

Queixas de falhas no abastecimento seguem comuns e a cada período de forte calor pipocam as denúncias de bairros com dias sem abastecimento. Em meio a mais um ano com polêmica sobre a capacidade de levar água para os moradores, a prefeitura apresenta a concessão os serviços de água e esgoto como solução para atrair investimentos. Mas a conta deve vir na fatura de água.