Marília

Justiça condena ex-chefe da PF e advogado por suborno

Delegado Washington Menezes levadoi a depoimento à Justiça Federal – reprodução – Diário de Marília
Delegado Washington Menezes levadoi a depoimento à Justiça Federal – reprodução – Diário de Marília

O ex-delegado chefe da Polícia federal em Marília, Washington da Cunha Menezes, e o advogado João Simão Neto foram condenados por improbidade administrativa em caso de suborno para atrasar depoimento do empresário Jairo Zambom, de Pompéia, acusado de sonegação e lavagem de dinheiro entre 2002 e 2003.

A decisão da Justiça federal de Marilia condena o ex-delegado a pagar R$ 20 mil, mesmo valor recebido como propina, além de uma multa equivalente a dez vezes a remuneração que ele recebia na delegacia, calculada em R$ 17 mil por mês, o que leva a R$ 170 mil. O advogado foi condenado a pagar o mesmo valor em multa.

É a segunda condenação dos dois no caso. Menezes, que acabaria demitido da PF a bem do serviço público por seu envolvimento em corrupção e outros crimes, já foi condenado a dois anos e oito meses de prisão, pena convertida em prestação de serviços. A punição, de 2013, foi a mesma para João Simão. O caso está em fase de recurso.

Ambos os réus tiveram ainda os direitos políticos suspensos por oito anos e não poderão contratar com a Administração Pública ou receber benefícios fiscais e creditícios por dez anos.

A ação de improbidade foi movida pelos procuradores da República Svamer Adriano Cordeiro e Rubens José de Calasans Neto e é resultado da Operação Oeste, deflagrada em 2007 pela própria PF para investigar série de fraudes na cidade.

O ex-delegado ainda responde a processos criminais e cíveis na Justiça Federal pelos casos descobertos durante a operação, que provocou ainda afastamento de outros agentes da PF na cidade.