Uma força-tarefa formada por procuradores e promotores vai investigar as suspeitas de envolvimento do deputado estadual e ex-promotor Fernando Capez (PSDB) em esquema de fraudes da merenda escolar desmontado na Operação Alba. Atual presidente da Assembleia Legislativa, Capez foi o quarto candidato mais votado em Marília em 2014 e o mais votado no Estado.
A força será comandada pessoalmente pelo atual procurador geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa. Participam ainda os procuradores Nelson Gonzaga, ex-corregedor geral da Instituição, e Nilo Spinola Salgado Filho e dois promotores de Bebedouro, onde corre o inquérito sobre a fraude.
A prerrogativa de investigar Capez é do Procurador em sua função de sua atuação no MP. Mas a Procuradoria não quer afastar do caso os promotores que já trabalham com a investigação da fraude.
O escândalo envolve venda superfaturada der alimentos para merenda escolar em pelo menos 16 prefeituras – Bauru é a mais próxima de Marília – a partir de uma cooperativa de produtos, a Coaf, que pagaria propina a prefeitos e envolvidos para ganhar os contratos.
Em pelo menos três depoimentos, Capez foi citado como o elo do grupo com a Secretaria Estadual da Educação. O caso envolve ainda um assessor do ex-deputado Edson Aparecido, atual chefe da Casa Civil do governo Alckmin. Luiz Roberto dos Santos, o Moita, teria sido afastado um dia antes de a operação ser deflagrada.