O grupo CPFL, responsável pelo fornecimento de energia elétrica em Marília e toda região, pediu à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) novo reajuste de tarifas com a chamada Revisão tarifária Extraordinária, uma previsão de contrato para equilíbrio financeiro da empresa.
A Aneel rejeitou o pedido, que atinge outras sete empresas ligadas à CPFL. Segundo o pediudo da companhia, houve um “descasamento” entre as tarifas e os custos de distribuição.
Entre as razões apresentadas estão o aumento dos custos da energia comprada de Itaipu, cujo preço é referenciado em dólar, assim como uma alta nos gastos devido ao acionamento de termelétricas por causa do nível baixo nos reservatórios das hidrelétricas.
A empresaram justificaram o pedido também com o repasse de um novo rateio da conta de desenvolvimento energético (CDE), encargo que financia subsídios ao setor e que desde o ano passado deve ser arcado em sua maior parte pelos consumidores residenciais.
Em sua segunda reunião ordinária do ano, a diretoria da Aneel considerou sem mérito os pedidos feitos pelas distribuidoras, alegando não haver fator extraordinário, ou seja, inteiramente fora do previsto, que justificasse a medida.
O preço da energia de Itaipu sofreu uma redução para 2016, justamente para acomodar as diferenças de câmbio. A CDE também teve seu orçamento reduzido para este ano.
Em relação aos despachos térmicos e o risco hidrológico, “as variações dos referidos custos foram significativamente mitigadas com a implementação do sistema de Bandeiras Tarifárias”, informou o diretor da Aneel José Jurhosa Júnior em uma das decisões.
Tiveram negados seus pedidos de aumento de tarifa a CPFL Paulista, CPFL Leste Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Mococa, CPFL Santa Cruz, CPFL Sul Paulista e CPFL Jaguari, todas atuantes no Estado de São Paulo, e ainda a CRGE, que opera no Rio Grande do Sul.