Marília

Conselho da Mulher marca reunião e discute ações para março

Lu Santos, presidente do Conselho da Mulher, durante Marcha da Mulher Negra em Brasília – Reprodução/Arquivo Pessoal
Lu Santos, presidente do Conselho da Mulher, durante Marcha da Mulher Negra em Brasília – Reprodução/Arquivo Pessoal

O Conselho da Mulher marcou para 12 de fevereiro, a partir de 17h30 na Câmara de Marília, a primeira reunião oficial do órgão em 2016 para discutir principalmente um programa de ações especiais para março, mês internacional da Mulher, na cidade.

A presidente do órgão, a professora Luciana Santos, disse que estão previstas atividades junto à comunidade, inclusive com apoio de órgãos como a Defensoria Pública do Estado além de outros serviços públicos.

A reunião é a primeira também após o que a presidente tratou como uma tentativa de golpe de algumas integrantes e pessoas já desligadas do conselho para afasta-la do órgão.

Lu Santos, como a dirigente é conhecida, é mesmo uma pessoa fora do padrão histórico do grupo. Negra, moradora de bairro popular e ligada a movimentos sociais, ela levou o conselho para ações como encontros de hip hop, marchas públicas e manifestações contra problemas da cidade.

Apesar da polêmica, ocorrida em outubro, Lu acredita que o ano foi marcado por organização e grandes eventos. “Além de marchas, ações pontuais em diferentes datas, tivemos dois grandes encontros com apoio da Prefeitura de Marília: um encontro com o conselho estadual e a conferência municipal da Mulher. Para im foram eventos importantes, com debates importantes e que ficam como as marcas de 2015.”

Luciana coordenou uma marcha das mulheres na cidade e particpou da Marcha da Mulher, em Brasília, um evento de repercussão nacional que ampliou o debate sobre preconceito contra mulher agravado nos casos de negras e de baixa renda.

Além das iniciativas para março, o conselho deve discutir prioridades e medidas de gestão até o final do ano, quando termina o mandato e deve ser organizada a eleição para a próxima diretoria.

Uma das prioridades para ela é apresentar à prefeitura uma proposta de reformulação de legislação sobre o órgão. Tanto o regimento interno quanto a legislação municipal são vagos sobre diferentes questões, que vão da organização à responsabilidade de cada integrante.

O Giro apurou que o regimento estabelece, por exemplo, o afastamento de dirigentes com excesso de faltas aos encontros oficiais e pode ser modernizado para acelerar pedidos de substituições junto às entidades responsáveis pela indicação.