O Sindicato dos Servidores Municipais iniciou uma maratona de assembleias para discutir com servidores públicos a pauta de reivindicações e propostas de reajustes para salários da categoria em 2016.
A previsão do orçamento é de reajuste zero e uma comissão criada pela administração para discutir o tema já fez dois encontros sem nenhuma decisão. A expectativa da categoria é conseguir 11% e repor perdas com inflação dos 12 meses entre abril de 2015 e abril deste ano.
As assembleias começam na sexta-feira em reunião com trabalhadores da Educação, o setor que mostrou maior presença na greve de 35 dias em 2015 mas que já viveu as maiores mudanças, com a criação da jornada especial que pode até dobrar salários para algumas dezenas de beneficiados .
Ontem o encontro foi marcado com servidores de Saúde, que também tiveram modesta adesão em 2015, e hoje com Serviços Urbanos, Obras e outras secretarias. A maratona de assembleias acaba nesta quarta-feira com reunião no Daem, onde o debate é agravado pela iminente concessão dos serviços de água e esgoto.
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Todos os encontros acontecem às 18h30. A ideia é que cada setor apresente uma relação de reivindicações, a serem votadas e transformadas em uma pauta única da categoria, com detalhes de eventuais medidas por área de trabalho.
Em 2015, a pauta começou com sete laudas. Chegou ao limite com pedidos básicos de reajustes e medidas contra o que o sindicato considerava assédio moral e pressão abusiva sobre os servidores e terminou mal: uma greve de 35 dias sem qualquer medida atendida, acordo ruim para volta ao trabalho e reposição dos dias parados.
Assim como no ano passado, a prefeitura acusa falta de recursos no orçamento para conceder reajuste. Além disso, argumenta que a folha salarial sobe automaticamente 5% todos os anos por causa dos benefícios da categoria, como anuênio e progressões automáticas.
Alguns dos detalhes das reivindicações podem aparecer ainda neste mês durante a audiência pública para apresentação de detalhes das contas do município, marcada para o dia 26 de fevereiro na Câmara de Marília. As audiências anteriores foram marcadas por questionamentos dos servidores sobre benefícios, melhoria de salários e investimentos na categoria.
