Marília

O “tucanistão” e a Ditadura Militar

O “tucanistão” e a Ditadura Militar

Hoje (16/03), quando abri o twitter para dar uma olhada no que o José Roberto Malia, (a figura por trás do Sugismundo Freud) estava escrevendo, surgiu na primeira página uma nota do blog Juca Kfouri: Revelações do dia em que a polícia censurou a história do Corinthians. Trata-se de uma bela história sobre militantes que ergueram uma faixa em plena Ditadura Militar no Pacaembu em 1979 (o jogo era Corinthians x Santos) com os dizeres: “Anistia ampla geral e irrestrita”. 

No dia 25/08/2015, devido a um documentário que está sendo produzido pelo núcleo de estudos do Corinthians, os mesmos militantes que depois do acontecimento de 79 foram presos e torturados, foram convidados a realizar o mesmo gesto 36 anos depois, em plena Democracia e foram impedidos pela PM de SP de reviver o momento histórico em mais um jogo entre o Corinthians x Santos, só que desta vez, pela Copa do Brasil.

Ontem (15/03), li no site R7 que o governador Geraldo Alckmin “decreta sigilo de 50 anos para boletins de ocorrência registrados pela polícia”. Ou seja, “a nova ação faz parte de uma série de revisões prometida pelo governador no segredo de documentos do Estado de São Paulo”. Mas o que o governador tem a esconder além do esquema do cartel dos trens em SP, mais a máfia da merenda e agora com esse sigilo dos boletins? Será para acobertar a violência que os policiais paulistanos estão cometendo contra a população mais humilde ou menos favorecida da capital?

Os tucanos paulistas nunca tiveram expressão de militância contra o Regime Militar que se arrastava e acabava com o país entre 64 a 85. Serra, embora tenha sido um dos fundadores da Ação Popular e presidente da UNE, até agora não tem seu nome na história como um militante de esquerda que realmente pegou em armas para lutar contra o Regime. E o que falar do FHC, sociólogo da USP, que dizem que foi perseguido durante o Regime e chegou até se exilar, como Presidente, nada fez para punir os militares que mataram, torturaram e exilaram muitos militantes de esquerda.

Juca termina seu texto com a seguinte pergunta: “ Será que no tucanistão, terminou mesmo a Ditadura Militar? Eu termino o meu texto com a mesma pergunta.