Moradores do Jardim Acapulco reativaram a associação do bairro para buscar melhorias em limpeza pública, urbanização, segurança e até a instalação de um ecoponto que discipline a passagem de catadores de recicláveis.
As atividades começaram com campanhas contra lixo nos terrenos, articulação com serviços públicos e grupos de debates que unem cada vez mais os vizinhos.
A campanha por melhorias começa sem preocupação em criticar ou cobrar de forma agressiva por serviços que via de regra faltam em outros bairros. Estão lá os buracos que afetam toda a cidade, em alguns casos muito grandes, as calçadas intransitáveis e os terrenos com lixo e entulho.
A diferença é o histórico de uma associação que já conseguiu benefícios como articulação para combater perturbação em festas de repúblicas, formar um lago com praça que deve abrigar área de compostagem de material orgânico e impedir transformação de ruas tranquilas em pontos comerciais.
“A associação ficou um tempo meio inativa, conquistou bastante coisa. Agora apareceu necessidade da organização e os moradores estão respondendo com muita vontade”, explicou o presidente da associação, Marcelo Arantes Sampaio, 35, advogado.
A associação já envolve os moradores em medidas de segurança. Contra os furtos, há uma preocupação geral com fiscalização, inclusive nas casas de vizinhos. O bom número de residências com câmeras ajuda.
Muito arborizado e repleto de casas com jardins, o bairro quer articular a coleta de galhos e folhagens. E conseguir dos serviços públicos asfalto, limpeza de calçadas e corte de mato nas áreas comuns e públicas.
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Também vai crescer a fiscalização sobre despejo d elixo. Diversas placas com alertas sobre valores de multas já foram instaladas. Novas placas devem aparecer em terrenos. O próprio Marcelo participa na instalação das placas.
A associação já fez uma caminhada para envolver moradores em defesa e integrar todos em torno das necessidades. Deve promover a segunda em breve e talvez uma festa junina.
Também dá suporte a iniciativas que envolvem o bairro, como projetos de urbanização da região e até à recém realizada Feira de Trocas de Sementes, Mudas e Saberes, um projeto para incentivar agricultura orgânica e doméstica que levou dezenas de pessoas ao lado do bairro.
“Não foi uma proposta da associação, mas a entidade deu apoio, participou na integração, na promoção do bairro como um ponto de qualidade de vida.”
O pedido do ecoponto é uma novidade. A ideia é ter no bairro local para despejo de latas, papelão e garrafas. Catadores podem retirar material no ecoponto e a medida acabaria com o trânsito de pessoas mexendo em sacos de lixo ou batendo palma nas casas.
“Vamos estudar isso, vamos saber mais. Vai ter bastante coisa para fazer. A cada medida que a associação toma aparecem sugestões, aparecem interessados”, disse o presidente.
