Pelo menos três alunos de uma escola estadual da zona sul de Marília encontraram bigatos nos pratos durante o almoço desta segunda-feira em Marília e o caso acabou nas redes sociais.
Não houve qualquer relato público de mal estar em alunos e nem problemas em todos os pratos, mas a situação acendeu na rede pública um alerta de controle de qualidade. Além de um estudante que identificou o problema, a escola aponta duas alunas que encontraram bigatos, todos mortos.
O arroz é fornecido pela cozinha piloto da rede municipal de ensino. A escola recebeu pacote fechado para preparo pela merendeira. Segundo a direção, o arroz estava dentro do prazo de validade e em condições adequadas de armazenamento.
Segundo a escola, foi a primeira vez que houve incidente do gênero. O arroz foi jogado fora e a cozinha piloto foi avisada sobre o incidente. A escola serviu arroz com omelete e salada de batata doce.
O bigato na merenda mostra falhas de controle que podem envolver diferentes momentos do processo, da compra até a entrega. Falhou o controle na hora final.
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O problema poderia ter sido percebido em um processo mais cuidadoso e demorado de lavagem antes do preparo. Mas o controle esbarra na falta de estrutura: a escola tem uma merendeira para cuidar de todo o processo, incluindo os outros alimentos do dia.
A larva pode aparecer também em processos anteriores ao preparo, inclusive no processamento e entrega pelos fornecedores.
“Na minha casa joguei fora um pacote de arroz dentro do prazo que tinha bigatos e apareceram na lavagem”, disse à vice-diretora da escola ao Giro Marília por telefone. A internet é recheada de casos semelhantes e explicações dos produtores como “falha em algum processo do transporte ou armazenamento”.
O site “Reclame Aqui”, criado para divulgar e intermediar relação de clientes e empresas, acumula 138 queixas de larvas em pacotes de arroz, incluindo marcas nobres e mais caras.
Os relatos de larvas podem envolver situações desde após a colheita lavoura, quando as larvas ficariam depositadas nos grãos, até problemas de armazenamento, quando insetos poderiam ter acesso aos cereais e depositar as larvas.
