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PMDB adia saída do governo por um mês

PMDB adia saída do governo por um mês

A convenção nacional do PMDB, realizada hoje em Brasília, adiou por 30 dias a decisão sobre rompimento com o governo Dilma Rousseff, que tem o presidente naconal da sigla, Michel temer, como vice-presidente. Nestes 30 dias o partido não aceitará novos cargos no governo. 

Temer foi reeleito para a presidência do PMDB. Foram 537 votos a favor da chapa única encabeçada por Temer, 11 contrários, seis brancos e cinco abstenções de um total de 559 votos. Dos 454 convencionais votaram 390, mas alguns deles tinham o direito a mais de um voto.

Foram apresentadas 12 moções para aprovação do partido. Entre elas as que pedem o rompimento com o governo. A única moção aprovada foi a que proíbe membros do partido de assumir cargos no governo federal nos próximos 30 dias. O prazo foi determinado pela decisão que o Diretório Nacional, eleito hoje, tomará sobre a manutenção do apoio ao governo.

“Vamos tirar hoje aqui um posicionamento de unidade e consistência de pensamento perante a crise que o Brasil vive. Todas as propostas de rompimento e afastamento serão recebidas e levadas em conta. Mas também estamos hoje tomando a decisão de que, em até 30 dias o Diretório Nacional vai analisar todas essas propostas e aí sim, com respaldo da unidade, tomar uma decisão que será implementada e cobrada de todos os membros do partido. Antecipar o rompimento seria quebrar o posicionamento que firmamos de não antecipar hoje aqui qualquer decisão”, disse o senador Romero Jucá.

Para o parlamentar, a convenção do PMDB não é contra a presidenta Dilma, mas a favor do Brasil. “Queremos criar uma nova situação, um novo quadro para o Brasil que reverta o descrédito, a insegurança jurídica, a falta de previsibilidade na economia, o desemprego. O Brasil está regredindo. Temos que mudar isso. Vai ser uma grande construção política em conjunto com a sociedade brasileira”, afirmou Jucá.

Durante a convenção, parlamentares discursaram e pediram a saída imediata do partido da base aliada do governo. Muitos dos presentes na plateia do centro de convenções onde é realizada a convenção gritaram “Saída Já”, “Fora Dilma” e “Fora PT”.