Uma empresa contratada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) para pesquisa e levantamento de dados sobre eventuais depósitos de gás e petróleo iniciou pesquisas na região de Marília.
O levantamento é feito com sistema de pesquisa sísmica de reflexão, que usa grandes caminhões com equipamentos de emissão de sinais para coleta de imagens do solo. O tamanho das máquinas e a vibração provocam curiosidade e surpresa por onde as máquinas passam.
A empresa Global Serviços Geofísicos venceu em 2015 duas grandes licitações promovidas pela ANP para os levantamentos, em contratos que tinham valores iniciais na faixa de R$ 140 milhões e envolvem, além da bacia do Paraná em São Paulo, a Bacia do Parecis, que envolve os estados de Mato Grosso e Rondônia.
Os estudos na região podem envolver até cem mil pontos de vibração de sísmica de reflexão terrestre. A avaliação é feita pelo cálculo de tempo que a onda demora para atingir o receptor, como em um sistema de sonora, e permite avaliação do solo e eventual material depositado.
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A pesquisa em Marília envolve análise da chamada Bacia do Paraná, que faz a coleta de dados em áreas próximas ao rio. Os caminhões foram flagrados em manobras próximas a Oscar Bressane e devem passar ainda por Paraguaçu e outras cidades até Presidente Prudente.
O modelo de pesquisa não é exatamente novidade na região. Já foi realizado em contratos da Petrobrás no início dos anos 2000 e, muito antes disso, nas décadas de 70 e 80 pela extinta Paulipetro, uma estatal paulista de prospecção de petróleo criada na gestão do ex-governador Paulo Maluf.
A pesquisa da Paulipetro chegou a perfurar um poço em Marília, em fazenda da família Marconato ao lado da rodovia SP-333, entre 69 abertos em todo o Estado, em medida que ficou famosa pelo projeto grandioso, largo investimento e nenhum resultado efetivo.
Ainda assim, a base de dados nunca deixou de ser atualizada e considerada na busca de depósitos de petróleo e gás natural para uso como fonte de energia.
