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Lava Jato revela propina em obra do Itaquerão

Lava Jato revela propina em obra do Itaquerão

A 26ª fase da Operação Lava Jato, nesta terça-feira, revelou indícios de que as obras de construção da Arena Corinthians, conhecido como Itaquerão, em São Paulo, envolveram o pagamento de propinas por parte da empreiteira Odebrecht. O estádio foi o palco da abertura da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Segundo o procurador da República Carlos Fernandes Lima, a diretoria responsável pela supervisão da obra do Itaquerão aparece em documentos e tabelas apreendidos pela Polícia Federal que indicam o pagamento de propinas relacionadas à obra.

Em relação a outros estádios da Copa, o procurador afirmou que outras fases da Lava Jato já haviam indicado o pagamento de propinas envolvendo empreiteiras. Novos indícios estão sendo colhidos, acrescentou ele, “inclusive de delações que ainda estão em andamento”. 

Operação Xepa

A 26ª fase da Lava Jato deflagrada hoje (21), envolveu cerca de 380 policiais federais, no cumprimento de 110 ordens judiciais nos estados de São Paulo, Rio de janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí, Distrito Federal, Minas Gerais e Pernambuco. Foram cumpridos 67 mandados de busca e apreensão, 28 mandados de condução coercitiva, 11 mandados de prisão temporária e 4 mandados de prisão preventiva.

Um dos diretores e funcionário de confiança da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, foi preso preventivamente na manhã de hoje (22), em Salvador, na Operação Xepa, a 26ª fase da Operação Lava Jato. Conhecido como Bel Silva, o investigado foi dono de uma rede de churrascarias na Bahia. No momento da prisão, ele estava em seu apartamento, no Jardim Apipema, condomínio de luxo, no Horto Florestal.

O executivo é apontado nas investigações como operador de propinas por meio de offshores (empresas abertas em paraísos fiscais). Ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde se concentram as investigações.