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Mundo - Reconstrução de monumentos vai levar cinco anos em cidade histórica pós-guerra

Mundo - Reconstrução de monumentos vai levar cinco anos em cidade histórica pós-guerra

O diretor de Antiguidades e Museus da Síria afirmou hoje (28) que serão necessários cinco anos para recuperar os monumentos destruídos ou danificados na cidade antiga de Palmira, ocupada durante dez meses pelo grupo radical Estado Islâmico.

“Se tivermos a aprovação da Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura], precisaremos de cinco anos para restaurar os edifícios destruídos e danificados pelo Estado Islâmico”, declarou Maamun Abdelkarim à agência France Presse, um dia depois de a cidade de Palmira (no centro do país) ter sido recuperada pelas forças pró-regime.

Segundo Talal Al Barazi, governador da província de Homs, onde se localiza Palmira, o Exército sírio completou hoje a desativação de minas e explosivos colocados pelo grupo fundamentalista na área de monumentos da cidade.

“A área arqueológica já está limpa de minas e bombas deixadas pelos terroristas”, declarou Barazi à agência espanhola EFE em conversa por telefone.

Além da cidade do século 18, que foi danificada nos combates, os jihadistas destruíram os templos de Bel e Baalshamin, o Arco do Triunfo, várias torres funerárias e o Leão de al-Lât. A antiga cidade de Palmira com mais de 2 mil anos, apelidada de “pérola do deserto”, foi classificada como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1980.

ILUSÃO

Annie Sartre-Fauriat, membro do grupo de especialistas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para o patrimônio sírio, disse estar “perplexa com a capacidade de reconstruir [o centro de] Palmira”, diante da destruição considerável e das pilhagens na cidade antiga e no museu.

“O mundo se uniu em torno da ‘libertação’ de Palmira, entre aspas, mas é preciso não esquecer tudo o que foi destruído e a catástrofe humanitária no país. Estou bastante perplexa com a capacidade [anunciada], ainda que com a ajuda internacional, de reconstruir a cidade de Palmira”, disse à agência France Presse (AFP) a historiadora, um dia depois da cidade de Palmira ter sido recuperada pelas forças pró-regime.