O Governo de São Paulo desistiu do reajuste de 2,5% e vai pagar bônus da educação aos pofessores da rede esadual. O bônus havia sido cancelado com a promessa de embutir o valor no reajuste linear. Mas o índice sofreu fortes críticas.
O governo promoveu então uma pesquisa em que teria identificado 92% de professores a favo do bônus. O valor total no Estado será de R$ 450 mil para 223.875 profissionais, sendo 179.162 deles docentes.
O valor máximo da bonificação que cada profissional receberá é proporcional a 0,84 salário extra, sempre correspondendo aos resultados da evolução das metas do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo) de 2015. O valor será depositado na primeira quinzena de abril na conta dos professores.
O bônus é pago aos funcionários das escolas que avançaram, atingiram ou superaram metas estabelecidas pelo Idesp. É preciso ainda ter atuado, no mínimo, em dois terços do ano. Ou seja, devem ter trabalhado pelo menos durante 244 dias. No caso de faltas, há desconto proporcional no valor do benefício.
São permitidas por lei apenas ausências decorrentes de licença-maternidade, licença-paternidade, adoção e férias.Enquete aberta pela Secretaria da Educação de São Paulo aos professores e servidores da rede estadual de ensino registrou que, entre um aumento salarial e o pagamento do bônus por mérito, os funcionários preferem a bonificação.
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A Apeoesp, o sindicato dos professores, criticou o método da pesquisa e o que considera manipulação de informações. Segundo a entidade, não há dados sobre volume de professores que participaram do estudo. Além disso, não havia possibilidade de respostas abertas.
A votação estava entre o bônus e o reajuste, que foi anunciado com índice muito baixo. Para Apeoesp, a discussão correta deve ser uma política salarial, reposição de perdas com a inflação e valorização da carreira.
Em nota sobre a pesquisa, a Secretaria informou o resultado “será agora avaliado pelas áreas técnicas”. A consulta ficou aberta entre os dias 29 e 31 de março. Para isso, a Secretaria colocou à disposição o sistema da Intranet.
“Acreditamos que em dois dias a Secretaria não teve condições de realizar uma consulta expressiva e muito menos que 232 mil professores tenham participado”, diz resposta da Apeoesp ao comunicado.
