A administradora de empresas Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, assassinada aos 5 anos em São Paulo, vai ter um bebê, um menino. Aos 32 anos, está casada e diz que a gestão foi programada e desejada. Ana Carolina conheceu o pai do menino, Vinícius Francomano, 29, em 2010. O casamento veio em 2014 e agora a gravidez.
“No auge dos problemas, eu achava que jamais iria me casar vestida de noiva e ter filho. A vida dá muitas voltas”, contou Ana Carolina para a Veja-SP.
É o primeiro casamento de Ana Carolina, que perdeu a filha de forma brutal em um crime cometido pelo pai da menina Alexandre Nardoni, com quem Ana nunca foi casada. Ela tinha 17 anos quando ficou grávida. O relacionamento foi tumultuado, a relação após separação dos dois também, até culminar com o assassinato da menina, que chocou o país.,
“Lutei para voltar a ser feliz, pois essa é a imagem que a minha filha tinha de mim”, disse. Se estivesse viva, a menina teria completado 14 anos na semana passada. “A Isa sempre me viu feliz — e é assim que estou hoje. Tenho certeza: Isabella estaria feliz.” O menino deve se chamar Miguel.
O CASO
Alexandre Nardoni separou-se de Ana Oliveura quando Isabella tinha onze meses. Anos depois conheceu Anna Jatobá, estudante de direito, com quem passou a viver. A relação da menina com a madastra nunca foi boa, o que culminou com agressões e o homicídio.
A menina foi asfixiada em 29 de março de 2008 pela madrasta, Anna Jatobá, e depois, jogada pela janela do apartamento onde a família vivia, na Zona Norte de São Paulo, pelo pai. Anna foi condenada a 26 anos de cadeia e Alexandre a 31 anos de prisão. Os dois estão em presídios de Tremembé, no interior de São Paulo.
A apuração do caso foi uma das mais complexas e competentes da Polícia Civil em São Paulo.
Laudos médicos, investigação do apartamento, análises técnicas dos últimos passos da família mostraram que Isabella foi agredida ainda dentro do carro, quando chegava com o pai e madastra em casa. Há sinais de sangue no carro.
Ao chegar no apartamento, a menina teria sido carregada pelo apartamento e foi jogada ao chão, o que causou lesões. Depois, o pai cortou a tela de segurança da janeçla do quarto e jogou a menina para forjar uma queda.
A perícia revelou ferimentos de agressão, asfixia, sangue no apartamento e até sujeira da tela do apartamento em roupas do pai, Alexandre.