As políticas educacionais brasileiras, por meio das avaliações e instrumentos de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior e das Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação, apontam claramente que para que o aluno aprenda no âmbito de um ensino de qualidade, deve ser sujeito da sua aprendizagem, interagindo, refletindo, “aprendendo a aprender” enquanto efetivamente aprende. E é, a nosso ver, nesse contexto que o docente do Ensino Superior deve utilizar metodologias de ensino adequadas para cada conteúdo que deseja trabalhar.
Diferentes maneiras de ensinar conduzem à aprendizagem, porém, são os nossos objetivos ou as competências e habilidades que pretendemos que nossos alunos adquiram que vão determinar qual a melhor maneira ou quais as melhores maneiras para fazê-lo.
Existem competências e habilidades próprias da profissão professor e dentre as famílias de competências principalmente apresentadas por Philippe Perrenoud.
A nosso ver, são competências que fazem a diferença nos resultados das atividades propostas pelos docentes. Sabemos que muitos docentes que estão por aí não tiveram formação adequada e assim não as desenvolveram como deveriam!
Quando o assunto é tecnologia, o problema se acentua. É preciso que o docente se capacite, se adapte aos recursos disponíveis, para diminuir a barreira natural existente entre as gerações, pois os alunos atuais são pessoas muito ligadas às tecnologias, de maneira especial aos celulares com internet, conectados às redes sociais. Acontece então o desencontro entre as aulas tradicionais ministradas e os alunos.
Metodologias adequadas, que estimulam a ação do sujeito que aprende, são necessárias para que se construam as competências e habilidades exigidas pelas DCNs para o perfil dos egressos. O professor deve estar preparado para incentivar seus alunos à busca pelo saber!
As lições de John Dewey a respeito de trabalhar com projetos também serviram como base para muitas reflexões pedagógicas e hoje, muitos anos depois, somos capazes de desenvolver e implementar currículos até mesmo de cursos superiores com base em projetos de trabalho. A metodologia da problematização também tem recebido destaque dentre as metodologias ativas.
Para descobrir qual a metodologia de ensino adequada, o docente deve conhecer diversas metodologias, aprofundando-se em seus fundamentos e questionando qual a efetiva participação dos alunos nas aulas onde tais metodologias serão utilizadas.
Assim, as metodologias ativas, ao valorizarem a autonomia do aluno, contribuem de maneira significativa para a formação dos egressos pretendidos nas DCNs e para a efetivação de atividades que proporcionam ensino/aprendizagem com qualidade.
Profa. Drª Andréia Cristina Fregate Baraldi LABEGALINI
(Doutora e Mestre em Educação (UNESP- Marília-SP); Pesquisadora Institucional e docente da Universidade de Marília).