Estamos todas machucadas

33 pessoas contra 1 … 33 pessoas contra todas!

É com essa imensa dor no coração que quero refletir sobre o ato cruel que aconteceu com essa menina de 17 anos, há dois dias em uma favela do Rio de Janeiro, onde 33 seres abomináveis estupraram uma jovem, e ampliaram a agressão ao divulgar fotos e vídeos do crime, como um troféu, como se não houvesse problemas, como se tivesse sido “apenas uma orgiazinha com a garota dopada”. Não, não foi uma orgia, não foi uma brincadeira. Foi um crime dos mais bárbaros que existe na face da Terra.

E a cnduta na divulgação, aliada à reação de muitos que culpam a vítima pelo crime, que reside o grande problema! A cultura do estupro em nossa sociedade é naturalizada, o que faz com que qualquer (qualquer) homens esteja suscetível a cometer.

A psiquiatra turca Sahika Yuksel em uma entrevista à BBC da Turquia, diz que: “é completamente errado supor que homens estupram por causa de necessidades hormonais. Um homem na rua não estupra uma mulher de qualquer jeito. Sabendo que é algo impróprio, eles tendem a fazê-lo secretamente.

O estupro não é um ato sexual. É um ataque. Trata-se de vencer, de conseguir um objeto – e a mulher é objetificada neste caso. Trata-se de poder. E há também pessoas que sentem prazer com isso

O estupro é considerado o comportamento mais grave (em relação a uma mulher).

Ou seja, a cultura do estupro é um reflexo da sociedade machista em que mulheres são criadas para satisfazer homens, para servir e dar suporte ao homens, criadas com o modelo ideal de belas, recatadas e do lar. Um erro absurdo. Onde já se viu um ser humano ser ensinado a ser submisso a outro ser humano? Parece que estamos no século XV, mas infelizmente não, em pleno século XXI estamos assistindo isso, e sentindo muito. Estamos dilaceradas como a garota, mas não vamos nos calar diante essa situação.

Quando me perguntam o porquê luto pelo feminismo, a reposta é simples e objetiva: luto pela vida das mulheres, pois não quero ve-las submissas, não quero ver mais mulheres sofrendo ataques psicológicos, físicos, ou de qualquer outra forma, quero ver mulheres livres, quero ver mulheres ganhando o mesmo que homem, decidindo com liberdade sobre o próprio corpo,  andando na rua sem serem assediadas. Quero ver mulheres sendo respeitadas.

Depois que esse caso ganhou a internet vi muitos homens, sim sempre eles, JUSTIFICANDO O ATO:


(Imagem: Facebook)

E a resposta que tenho à essas pessoas que tentam minimizar esse ato está nas imagens abaixo: