Marília

Unimar destrói bebidas de contrabando e estuda reaproveitar cigarros

Unimar destrói bebidas de contrabando e estuda reaproveitar cigarros

A Unimar (Universidade de Marília) iniciou nesta terça-feira mais uma etapa do projeto que produz álcool gel e álcool 70º a partir de bebidas apreendidas pela receita Federal e anunciou propostas mais ousadas: quer processar e dar uso adequado a energéticos e cigarros apreendidos.

A ideia inicial é usar os filtros de cigarros em mistura para produção de pisos de cimento. Os filtros podem alterar a absorção de água nos pisos, diminuir enxurradas e situações de poças e até alagamentos, já que são como pequenas esponjas para acumular líquidos.

A pesquisa também avalia possibilidade de usar o fumo em pesticidas ou outras formas de controle de pragas e insetos. O dilema ainda é o que fazer com o que papel do cigarro, carregado de substâncias químicas.

“O papel é o maior problema, concentra todas as substâncias que fazem mal”, explica o professor Vitor José Miranda das Neves, coordenador do projeto de aproveitamento de bebidas e professor de química e controle de qualidade. O uso final do material ainda depende de pesquisas, que seguem a mesma linha da destinação das bebidas.

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A cada etapa aproximadamente 2.000 garrafas são processadas pelo laboratório da Unimar. As bebidas são todas despejadas em caixas de água que passam por processos de evaporação para retirada do álcool.

A pasta que sobra é usada na agricultura. O álcool, em média 30% do total, vira material de higiene e limpeza para entidades e projetos assistenciais.

“Processamos aproximadamente 80 litros de álcool por dia. As garrafas seguem todas para reciclagem”, explica o professor.