O procurador Rodrigo Janot recusa comentar. O STF (Supremo Tribunal Federal) recusa comentar. Mas os jornais O Globo e Folha de S.Paulo publicaram nesta terça-feira detalhes de um pedido de prisão histórico para o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, o senador Romero Juca, o ex-presidente José Sarney e o deputado federal Eduardo Cunha, todos do PMDB, partido do presidente Michel Temer.
As prisões de Sarney. Renan e Jucá é baseada em gravações feitas pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, em conversas que tratam de esquemas para atrapalhar a paralisar as investigações da Operação Lava Jato. No caso de Sarney, o procurador pediu prisão-domiciliar, com monitoramento do ex-presidente com o uso de uma tornozeleira eletrônica.
Em delação, Machado afirmou que pagou pelo menos R$ 70 milhões em propinas a líderes do PMDB no Congresso. A delação foi homologada pelo STF.
O pedido para prender Cunha teria sido provocado por influências sobre as investigações, mesma acusação que provocou seu afastamento da Presidência da Câmara. Segundo o pedido da Procuradoria, dizem os jornais, o afastamento não impediu Cunha de pressionar e tentar prejudicar investigações.
O caso estaria nas mãos do ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato na Corte.
Os pedidos estariam com o ministro há pelo menos uma semana. Apesar da repercussão do caso, as assessorias do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da República não confirmam os pedidos de prisão.
O procurador Rodrigo Janot, não quis comentar hoje (7) o pedido de prisão Ao sair de uma reunião do Conselho Superior do Ministério Público Federal, Janot afirmou: “não confirmo nada”.