Marília

Servidores pedem assembleia e apuração de contas em Sindicato em Marília

Servidores municipais e o presidente da entidade, Mauro cirino, durante assembleia para fim da greve em 2015 – Reprodução
Servidores municipais e o presidente da entidade, Mauro cirino, durante assembleia para fim da greve em 2015 – Reprodução

Servidores municipais que romperam com a direção do sindicato da categoria em Marília protocolaram um pedido de convocação de uma assembleia geral para instalar uma comissão interna de investigação do que consideram irregularidades da atual direção.

O grupo dissidente tem se fortalecido desde que conseguiu provocar rejeição das contas da diretoria durante uma assembleia com pouca participação de servidores na sede da entidade.

O pedido de convocação foi protocolado no sindicato no dia 8 de junho. Segundo os servidores responsáveis, a entidade tem prazo de 15 dias para convocação a assembleia extraordinária.

“Esse abaixo assinado esta legalmente baseado em cima do estatuto do Sindimmar, mais de 300 servidores municipais assinaram em consenso, sendo assim mais de 20% do que  pede o estatuto”, diz Simão Souza, que até abril foi dirigente representante dos vigilantes da prefeitura, um dos defensores da assembleia.

Além de protocolar o pedido no Sindicato, o grupo promoveu notificação da diretório via cartório. O objetivo é discutir as contas da entidade, que em dezembro de 2015 foram rejeitadas.

Falta de notas fiscais, detalhes dos gastos e movimentação foram os principais motivos apresentados pelos trabalhadores que votaram contra a prestação de contas, que recebeu apenas sete votos a favor em encontro com 22 trabalhadores. O pedido da assembleia cita também falta de informações sobre o orçamento da entidade para este ano.

os dissidentes acusam a diretoria d epressionar servidores para retirar o nome do pedido. Luciano Cruz, um dos defensores da assembleia, disse que não acredita em muitas dissidencias. “Em havendo desrespeito e a não convocação, consideramos solicitar medida judicial obrigado a convocação da assembleia, principalmente com essa questão dos servidores que estão sendo assediados”, disse o trabalhador.

A dissidência no sindicato ganhou força desde a greve dos servidores em 2015, que durou 35 dias e terminou com acordo muito ruim para trabalhadores: sem reajuste, obrigação de compensar as horas paradas e uma negociação feita à noite, sem acompanhamento da categoria.

O Giro tentou contato com a direção do Sindicato mas não conseguiu retorno. Assim que a entidade apresente informações a matéria será atualizada.