Marília

Famema mantém reajuste zero e já tem data indicativa de greve

Aristeu Carriel, do sindicato, durante reunião com funcionários da Famema – Divulgação
Aristeu Carriel, do sindicato, durante reunião com funcionários da Famema – Divulgação

Mais uma reunião entre dirigentes do Complexo Famema e do Sindicato dos Trabalhadores terminou sem acordo nesta sexta-feira. A falta de acordo já foi discutida nesta tarde em uma reunião com alguns dos funcionários e a categoria já definiu até data indicativa de greve caso o impasse seja mantido.

Os trabalhadores pedem 20% de reajuste salarial – ano passado ficaram sem nenhuma correção – e a proposta do Complexo é a mesma de 2015: reajuste zero até que o governo do Estado anuncia repasses para bancar aumentos.

A data-base da categoria foi 1º de junho. Em tese o salário de julho deveria ser pago com correção. Mas o argumento do complexo segue o mesmo de 2015: o orçamento depende do governo do Estado. Se a verba não aumenta, o salário também não.

Ainda em recuperação em momento de crise financeira histórica – que em 2015 provocou duas auditorias nas contas do complexo – a diretoria acenou com novo encontro no dia 1º de julho para analisar eventuais mudanças de cenário.

“Depois dessa reunião faremos uma assembleia geral unificada de todas as áreas do complexo. Temos a data de 11 de julho como indicativa de greve, mas na verdade quem vai decidir é a assembleia. O que os trabalhadores decidirem faremos”, disse Aristeu Carriel, dirigente do Sinsaúde – sindicato da categoria.

Em 2015 uma greve convocada pela entidade e aprovada em assembleia não foi reconhecida e acabou suspensa. O momento de intensa crise esvaziou a manifestação. “A assembleia vai definir tudo, inclusive se a categoria avalia que teremos quórum para greve.”

Além do reajuste, os  trabalhadores pedem plano de saúde familiar gratuito, piso salarial por função, participação nos lucros e resultados, adicional noturno com 60%  sobre a base, hora extra de 200%, plano de cargos e salários, e adicional por tempo de serviço.

A pauta inclui ainda auxílio creche de 10% por filho, cursos profissionalizantes, licença maternidade de seis meses e licença paternidade de 20 dias. Os trabalhadores esperam ainda melhoria da cesta básica.

Melhoria da cesta básica, adicional de hora extra com 200% em relação a hora normal, adicional noturno com adicional de 60% sobre o salário base, plano de cargos e salários.