Internacional

Contra protestos e pressão, China faz festival e abate cães

Contra protestos e pressão, China faz festival e abate cães

Nem o ambiente mais tenso dos últimos anos, nem a ação de ativistas internacionais impediram a cidade chinesa de Yulin, na província sudoeste de Guangxi, de iniciar nesta terça-feira (21) um bizarro festival que deve servir carne de milhares de cachorros e celebrar o verão.

Cachorros são vendidos nas ruas em gaiolas, servidos em restaurantes e diferentes casas com vários formatos de receita. Além disso, ONGs internacionais denunciam mercado exportador de pele e couro dos animais.

A exposição dos animais amontoou  jaulas desde a segunda-feira. Muitos ativistas compraram cães para evitar os abates. Os vendedores lucram do mesmo jeito e alguns moradores protestam contra o que consideram um boicote a uma tradição e atração da cidade.

Nos últimos anos, ocorreram enfrentamentos entre os vendedores de cachorros e os ativistas. Alguns restaurantes reduziram publicidade, mas isso não impede o mercado de Dongkou de expor cães já abatidos em ganchos de açougueiro.

O festival gera controvérsia não só pela prática de comer estes animais, comum na Ásia, mas pela procedência: muitos são animais de companhia roubados ou de rua, segundo um estudo da Fundação de Animais da Ásia de 2015.