Morreu nesta quinta-feira no Rio de Janeiro o ator Guilherme Karam, 58 anos, que ganhou fama nacional por suas participações em novelas a partir dos anos 80 e especialmente pela atuação no programa TV Pirata.
O ator era vítima de Machado – Joseph, uma doença degenerativa que provoca perda de mobilidade, movimentos, compreensão e lucidez. Perdeu a mãe e um irmão com a mesma doença, que é hereditária. Quase não recebia visitas, mesmo antes da internação, mas a partir de setembro sofreu um piora drástica em seu quadro de saúde.
Passou os últimos dois anos no Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte, tratando da síndrome de Machado – Joseph, uma doença degenerativa. Seu último trabalho foi na novela “América”, em 2005.
Conhecido por seus personagens cômicos, Karam começou sua carreira em 1984 em “Partido Alto”, como Políbio. Atualmente, o trabalho do ator pode ser visto na reprise de “Meu Bem, Meu Mal”, pelo canal Viva. Na novela, ele interpretou o intrometido e divertido mordomo Porfírio.
A doença é causada por uma mutação no gene do cromossomo 14, que gera uma proteína anormal (a ataxina 3) que se acumula dentro de algumas células do cérebro. O tratamento é paliativo, ou seja, apesar de pesquisas, ainda não encontraram uma vacina ou tratamento que extermine a doença.
“Ele herdou da mãe. Perdi um filho com a mesma doença. Guilherme fica na cadeira de rodas o tempo todo. Tem horas que ele está lúcido e tem horas que não”, diz seu pai, Alfredo.