O Sindicato dos Servidores Municipais de Marília anunciou nesta segunda medidas administrativas e judiciais contra um servidor acusado de fazer e distribuir gravação de conversa em que ironiza a gestão dos serviços de vale-alimentação, a relação de empresas credenciadas e o acordo do sindicato para aceitar a medida.
A gravação foi ponto alto em uma crise provocada pela falta de grandes redes de supermercados na relação de empresas credenciadas para receber o cartão que vai substituir as cestas básicas dos servidores da prefeitura.
A publicação da nota, que acontece quatro dias depois de o caso virar piada na internet, aumentou a polêmica, provocou novos ataques contra a direção do sindicato e pedidos para que a entidade convoque uma assembleia geral extraordinária pedida por trabalhadores descontentes.
Na mensagem, o sindicato diz que o servidor foi educadamente atendido “contudo sem autorização da diretoria gravou a conversa”.
Na gravação, o servidor ironiza a falta de grandes redes de supermercados entre as empresas já credenciadas para aceitar os cartões, que vão substituir as cestas básicas e permitir compras de até R$ 125,00.
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A relação de credenciados é responsabilidade da empresa Sindplus, de São José do Rio Preto, que vai oferecer na cidade seu produto Sindcard. A empresa venceu licitação na prefeitura para prestar os serviços. Vai gerenciar até R$ 875 mil em compras todos os meses. Vai pagar as empresas e cobrar uma taxa de administração.
“O Sindmmar, após ter tido acesso a listagem de estabelecimentos comerciais credenciados pela empresa Sindplus também ficou surpreso por não constar na listagem os grandes supermercados”, diz a nota divulgada pela entidade.
Um servidor chamou o serviço de “sindpinga, que só será aceito em botecos”. Outros defenderam esclarecimentos em uma assembleia que parte da categoria já queria ver programada. Também foram publicadas manifestações contra a empresa.
A nota do Sindicato lembra manifestação de grandes empresas da cidade comemorando a adesão do cartão vale-refeição. “A manifestação do empresariado de nossa cidade nos faz acreditar que tais estabelecimentos serão novamente procurados pela direção do Sindplus para novas negociações”, diz a nota.
A relação da entidade com parte dos trabalhadores vem azedando deste 2015, quando o sindicato comandou uma greve de 35 dias que terminou com acordo muito ruim e fechou o ano com as contas rejeitadas em uma assembleia de trabalhadores. Em po de servidores descontentes pediu a convocação de uma assembleia geral para apresentação de explicações sobre as contas da entidade.
