Nacional

PF prende dez acusado de planejar atos terroristas no país

Ministro Alexandre de Moraes em coletiva sobre as prisões – Agência Brasil
Ministro Alexandre de Moraes em coletiva sobre as prisões – Agência Brasil

A Polícia Federal prendeu hoje (21) dez pessoas suspeitas de planejarem atos terroristas no Brasil. O grupo, que mantinha contatos pela internet, começou a divulgar comentários sobre Estado Islâmico e terrorismo e segundo a PF passou desta condição para os chamados “atos preparatórios” de ataques, segundo o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

As prisões, conforme o ministro, ocorreram em dez estados e todos os detidos são brasileiros. De acordo com o ministro, o grupo se comunicava por aplicativos de trocas de mensagens.  Na entrevista, Alexandre de Moraes disse que se trata de “uma célula amadora” de integrantes que fizeram um juramento de lealdade ao Estado Islâmico (EI).

Houve contato com o Estado Islâmico via internet, além de atos preparatórios. Esse grupo deixou de entender que o Brasil seria um estado neutro e, com as Olimpíadas, poderia se tornar um alvo”, esclareceu o ministro da Justiça.

Em nota, a Polícia Federal informou que cerca de 130 policias participaram da ação. Os mandados de prisão foram executados nos estados do Amazonas, Ceará, da Paraíba, de Goiás, Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Foram dez prisões temporárias, duas conduções coercitivas e 19 buscas e apreensões. 

Segundo a PF, primeira operação policial após a publicação da Lei 13.260/2016, que trata de terrorismo. 

“As investigações tiveram início em abril com o acompanhamento de redes sociais pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal – DAT. Os envolvidos participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e até mesmo no exterior”, diz a nota. 

Os investigados vão responder pelos crimes de promoção de organização terrorista e realização de atos preparatórios de terrorismo. A pena para o primeiro crime é de cinco a oito anos de prisão, além do pagamento de multa. Para quem executa atos preparatórios, a pena varia de três a 15 anos de prisão.

As prisões foram autorizadas pela 14ª Vara Federal de Curitiba. Em nota, o juízo disse que a “Operação ‘Hashtag’, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (21), investiga possível participação de brasileiros em organização criminosa de alcance internacional, como uma célula do Estado Islâmico no país.