Reunião mensal do Conselho Estadual do Meio Ambiente aprovou na manhã desta quarta-feira em São Paulo o estudo de impacto ambiental para instalação da “Indústria de Tratamento e Valorização de Resíduos”, um aterro sanitário privado que vai ocupar área de uma fazenda na divisa entre Marília e Echaporã.
A aprovação do relatório abre caminho para que a Cetesb forneça a licença prévia de implantação, penúltima etapa antes do início das obras. Nesta fase, a empresa Revita, AS com atuação em diferentes cidades, especialmente São Paulo, terá de cumprir uma lista de exigências da Cetesb até requer a licença final para obras.
A implantação do aterro vai ocupar 69,1 hectares, dos quais 36,32 serão ocupados pelo depósito de resíduos em área de pastagem da atual fazenda Dallas, anexa à antiga fazenda Rancharia ao lado da rodovia SP-333
O aterro terá capacidade de 300 t/d a 500 t/dia com vida útil estimada em 41,15 anos e poderá receber resíduos, além de Marília, dos seguintes municípios: Vera Cruz, Oriente, Pompeia, Garça, Júlio Mesquita, Echaporã, Guaimbê, Oscar Bressane, Quintana, Getulina, Guarantã e Lins.
A ITVR Marília é um empreendimento privado e, portanto, o recebimento dos resíduos desses municípios deverá estar atrelado, no futuro, a contratos de prestação de serviço.
Está previsto, sem data definida, implantação e operação de uma Unidade de Triagem de Material Reciclável (como plásticos, metais e papéis, entre outros) oriundo de coleta seletiva ou domiciliar, com capacidade para receber 50 t/d de resíduos (um turno/d).
A Revita projeta investir R$ 32.494.218,16, ocupar 70 trabalhadores na obra e 54 trabalhadores na operação. Cooperativa e grupos de catadores já questionaram a empresa sobre possibilidade de contratar famílias que já recolhem material nas ruas da cidade, o que por enquanto está descartado.