Apesar de estar acompanhando de longe essa bobagem de escola sem partido, ou seja, o nome correto seria a “lei da mordaça” em sala de aula, não posso deixar de me pronunciar tamanha as besteiras que estou percebendo nas mídias sociais.
Como professor de história, nunca deixei de discutir nada em sala de aula relacionado a proposta curricular da SEE. Vejam o seguinte exemplo: como não falar do socialismo para explicar a Revolução Russa já que o tema está totalmente ligado a Primeira Guerra Mundial. E mais, como não falar do Golpe Militar de 1964, já que os nossos últimos três presidentes (FHC, Lula e a Dilma) estão intimamente ligados ao período do regime e fazem parte do cronograma.
Essa questão da informação na sala de aula tem e terá que continuar, uma melhor formação dos professores, principalmente na área de humanas é fundamental para que eles trabalhem melhor seus conteúdos. Principalmente para tratar de temas religiosos. Todos nós sabemos dos males que o catolicismo proporcionou a escravidão dos negros, a entrega dos índios aos fazendeiros e o atraso cientifico em nome de seu Deus. Cabe ao professor de filosofia, sociologia e história se prepararem melhor para tratar de temas polêmicos com mais bom-senso e com “jogo de cintura”. Porém, jamais deixarem de falar.
Essa tal escola sem partido é um absurdo que só serve, usando o linguajar popular, para “encher linguiça” de sociólogos e pensadores sem ter o que fazer e lançarem discussões na mídia para aparecerem. Com certeza, esse projeto não irá passar em votação pelo Congresso. E mais, é um tema que não cabe discussões para educadores sérios, é pura perda de tempo.
O que cabe, é o professor se preparar, ministrar suas aulas da melhor forma possível sem ofender ninguém independente da sua religião ou ideologia política, para não prejudicar a ele mesmo e principalmente, seus alunos. O restante, é pura “conversa fiada”.