Mortes de crianças por câncer caem 21% em Marília

Os índices de mortalidade infantil por câncer caíram 21% em Marília nos últimos 14 anos, mostram dados do Inca (Instituto Nacional do Cãncer) divulgados pela Santa Casa da cidade. Os números consideram casos da doença em pacientes com idades entre um e 19 anos de idade atendidos na área da regional de Saúde 9, que envolve 62 municípios.

Em 1999, a regional registrou 19 mortes de crianças e adolescentes por câncer. No ano seguinte, a mortalidade atingiu o auge da década, com 23 óbitos. Em 2012 recuou para 16 e em 2013 (último ano do levantamento), ficou em 15 vítimas fatais. Os dados fazem parte do Atlas Online de Mortalidade do Câncer e estão disponíveis pelo link https://goo.gl/ZaVkwr

Na avaliação da oncopediatra Doralice Marvulle Tan, de Marília, as causas do avanço são o diagnóstico precoce, melhores ferramentas para diagnóstico e estadiamento adequados, elevação do conhecimento técnico em relação à biologia e evolução dos tumores, melhora nas condições hospitalares e medicações tanto para tratamento do câncer em si quanto das intercorrências, principalmente as doenças infecciosas. 

“Vemos também maior envolvimento  governamental e da iniciativa privada, como no caso do Instituto Ronald, que através de conscientização e fomento à pesquisa, melhora da estrutura física e tecnológica, associada a projetos de humanização e apoio”, afirmou a médica.

A ferramenta com tabuladores do Inca, que permite fazer um mapa do câncer infantojuvenil, foi apresentada durante o workshop McDia Feliz, em São Paulo. Para chegar a estes números, os estatísticos e pesquisadores do órgão contam, entre outras fontes, com os dados dos Registros Hospitalares de Câncer (RHC).

Entre os desafios para traçar o perfil nacional estão  a subnotificação, a migração de pacientes em busca de tratamento e a precariedade na transmissão de dados em algumas regiões do Brasil.