Marília

Encontro discute riscos e responsabilidade do Pokémon Go e realidade virtual

Encontro discute riscos e responsabilidade do Pokémon Go e realidade virtual

O Proato (Projeto de Cidadania Proativa e Direito) do Univem promove sábado (20) o 4° Café com Palestra com o tema “Enfrentamentos jurídicos em tempos de realidade virtual”. Vai discutir entre outros temas a responsabilidade nos casos de danos e lesões em virtude do uso do jogo Pokémon Go.

O jogo provoca ondas de jovens caminhando com celulares nas mãos para caças aos monstros virtuais, disponibilizados em sistema de realidade ampliada no mundo real. Os monstros estão em praças, shoppings e nas ruas.

“Estes bichinhos podem estar em qualquer lugar, até mesmo em locais em que literalmente não deveriam estar de forma alguma”, diz comunicado do Proato sobre o evento. O projeto cria uma situação fictícia, mas possível, para analisar responsabilidades: um caso de atropelamento.

Imagine que o jovem está de olho no celular e ao tentar capturar um monstro em uma rua é atropelado. De quem é a culpa? 

É uma questão que pode envolver uma cadeia de custos e problemas, que vão do risco de morte à necessidade de gastos públicos com socorro e atendimento hospitalar. O debate envolve pelo menos três possíveis respostas?:

– a culpa é do motorista
– a culpa é do menino desatento
– A culpa é de quem colocou o tal bichinho num local que jamais poderia ter colocado.

“Mas neste caso o “culpado” não está acessível de forma tão fácil assim, e também tomou o cuidado de fazer um documento em que ao baixar o software o caçador de Pokémon, o usuário, concorda com todas as cláusulas ali expressas e isenta-se de toda e qualquer responsabilidade “, explica o Proato.

Este terceiro envolvido, o responsável pelo jogo, está fora do país, não tem a mínima noção dos fatos e nem quer saber.

O grupo lembra que podem haver agravantes, como o fato de o usuário ser menor, ser um pedestre e estar desprotegido, e ainda o fato de o local dos acontecimentos não contar com gravação de vídeo para que se possa avaliar em que condições reais o acidente aconteceu. 

Alunos ligados ao Proato durante caminhada pela paz em Marília

O Proato é o Projeto de Cidadania Proativa e Direito, mantido pelo curso de Direito do Univem e tem por objetivo trazer para o centro das discussões acadêmicas os problemas enfrentados pela sociedade, com os quais o Direito pode e deve lidar.

Para deixar o tema da discussão ainda mais interessante o Proato convidou professores dos Cursos de Bacharelado em Ciência da  Computação e Sistemas de Informação para esclarecimentos sobre as novas tecnologias .

O encontro acontece às 9h no Salão Nobre do Univem.