Uma injeção com doses de uma proteína chamada IL-33 conseguiu reverter os sintomas do Mal de Alzheimer deve entrar em fase de testes com humanos em breve e virou esperança em todo o mundo. Testada com ratos, a injeção mostrou controle da doença e freou declínio cognitivo em apenas uma semana.
O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences e mostrou que a proteína restaurou a sua memória e função cognitiva para níveis saudáveis.
O efeito foi a limpeza do acúmulo de placas amilóide tóxicas – que provocam a doença nos humanos – como também impediu que mais destas placas se formassem.
“Descobrimos que a injeção de IL-33 em ratos doentes melhorou rapidamente a sua memória e função cognitiva, para o nível dos ratos normais da mesma idade, ao fim de uma semana”, disse o líder da pesquisa Eddy Liew, da Universidade de Glasgow, no Reino Unido.
Segundo os médicos, a IL-33 parece alavancar células imunes no cérebro chamadas microgliócitos (ou microglia), orientando-as para as placas amilóides tóxicas. Este processo reduziu o tamanho e o número de placas amiloides em ratos com sintomas de Alzheimer.
Além disso, as injeções também impediram a inflamação no tecido cerebral, o que estudos anteriores associaram à proliferação de placas e emaranhados neurofibrilares.
A equipe que fez a descoberta está confiante de que certos aspetos poderiam ser importantes para a criação de um tratamento para pacientes humanos.
O Alzheimer – uma doença sem cura que deve afetar 65 milhões de pessoas até 2030 – geralmente resulta de um acúmulo de dois tipos de lesões no cérebro: placas amiloides e novelos neurofibrilares.
Ainda não se sabe porque certas pessoas têm um acúmulo de placas amilóides e emaranhados neurofibrilares no cérebro à medida que envelhecem, e outras não.