A Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária do Mato Grosso solicitou a interdição cautelar de todos os achocolatados da marca Itambezinho fabricados em 25 de maio deste ano, com validade em 21 de novembro de 2016, referentes ao lote MA 21:18.
A medida foi tomada de forma cautelar até que seja concluída investigação da morte de uma criança de dois anos em Cuiabá, Mato Grosso, internada pouco depois de consumir a bebida.
Ainda não há indicação de substâncias nocivas no achocolatado, mas a investigação já chegou à Polícia Civil, que abriu inquérito para apurar o caso.
“Tal denúncia se faz necessária do risco sanitário implicado e em decorrência da denúncia recebida do Serviço de Verificação de óbito, que levou a óbito uma criança após a ingestão do produto”, diz trecho do documento encaminhado pela Vigilância.
Conforme a Vigilância Sanitária, os estabelecimentos que possuem o produto para venda devem retirá-lo de circulação até que a investigação seja finalizada e a perícia obtenha resultados conclusivos sobre a qualidade e a segurança do produto.
Em nota divulgada pelo portal G1, a Itambé disse que está em contato com Vigilância Sanitária regional e que está auxiliando na apuração dos fatos.
“O referido produto está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema correlato. Até o presente momento, não tivemos nenhuma outra reclamação do mesmo lote”, afirmou a empresa.
A Itambé afirmou que realiza regularmente provas internas e em laboratórios externos de seus produtos e que tem compromisso com a qualidade.
A empresa alegou que “já disponibilizou as contraprovas para os órgãos oficiais e continuará trabalhando em conjunto para outros esclarecimentos que se fizerem necessários”.
A mãe do menino registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica).
Segundo relato da mãe da criança, de 28 anos, o filho tomou o achocolatado, da marca Itambé, por volta das 9h, na casa da família, no Bairro Parque Cuiabá, na capital
De acordo com o relato da mãe à polícia, a criança já estava com resfriado há dois dias, mas não apresentava sintoma algum, além de coriza.
Porém, após ingerir a bebida, o filho teria ficado com “falta de ar, corpo mole e princípio de desmaio”, morrendo uma hora depois, na policlínica.