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Grupo é condenado por venda de anabolizante em Marília e nove cidades

Hormotrop, um dos medicamentos vendidos após desvio de centro médico – Reprodução
Hormotrop, um dos medicamentos vendidos após desvio de centro médico – Reprodução

Uma quadrilha desbaratada em janeiro deste ano e acusada de desviar remédios de um conjunto hospitalar de Sorocaba para vender como anabolizantes em academias de dez cidades foi condenada pela Justiça.

Além dos riscos aos consumidores a quadrilha provocou um rombo de R$ 2,1 milhões aos cofres públicos do Estado pela perda dos medicamentos.

Segundo informações do portal G1, durante dois anos mais de 18,5 mil ampolas de medicamentos para crescimento infantil foram vendidos como anabolizantes em academias de Marília, Sorocaba, Bauru, Campinas, Mogi das Cruzes, Franco da Rocha, Taubaté, Osasco, Santos e na capital paulista.

Atualmente, 83 pacientes são investigados nas cidades envolvidas, em quase 22,3 mil prescrições médicas, das quais 18,5 mil já haviam sido entregues. O prejuízo chegaria a R$ 5 milhões caso todas as doses de medicamentos fossem entregues.

Carlos Alberto Garcia e Cristina Regina da Silva foram condenados a sete anos de reclusão em regime semi-aberto pelo crime de estelionato. Já o terceiro preso, Paulo Sérgio Escoalheira Júnior, foi condenado a oito anos e dois meses em regime fechado, por já ter passagem criminal.

O homem apontado como chefe da quadrilha, Francisco Jailson Caldas de Almeida, conhecido como Chiquinho, continua foragido. Natural de Fortaleza (CE), ele tem passagens por estelionato e receptação.

O grupo foi acusado de usar documentos falsificados, inclusive de crianças, para a retirada desses medicamentos na farmácia de alto custo do hospital. A descoberta da quadrilha envolveu ainda a apreensão de cem caixas de Hormotrop, medicamento considerado de alto custo que tem como princípio ativo a somatotropina, um potente hormônio anabólico. O medicamento podia ser encontrado na internet por aproximadamente R$ 200 e tem cerca de 30 doses.