Nacional

Interior - Menino espera 4 meses por laudo médico após acidente

Mateus Miguel sofreu várias sequelas após acidente em piscina – Reprodução Internet
Mateus Miguel sofreu várias sequelas após acidente em piscina – Reprodução Internet

Acabou nesta quinta-feira uma longa e mal justificada espera de 120 dias para que o menino Mateus Miguel, 9, fosse submetido a uma perícia médica do IML (Instituto Médico Legal) de São José do Rio Preto.

Miguel ficou conhecido em todo o Estado após um acidente em uma piscina durante atividade da escola. Ele foi puxado pelo escoamento de água e ficou preso no ralo da piscina até resgate pelos bombeiros. Mas o tempo sem oxigenação provocou sequelas.

O menino não anda, não fala e não se alimenta mais sozinho. O exame do IML foi feito na manhã de ontem no Centro Lucy Montoro de Rio Preto, onde Miguel faz sessões de fisioterapia.

“O médico da criança entregou ao IML 400 páginas de exames realizados para que os peritos conseguissem elaborar um laudo. Porém, para complementar as informações, uma equipe do instituto foi até o Hospital da Criança realizar o exame de corpo de delito, pois dessa forma a vítima teria todos os subsídios do hospital. O resultado será anexado ao inquérito que investiga o caso”, informou nota da Secretaria de Segurança divulgada pelo jornal Diário da Região de Rio Preto.

Mas a espera pelo exame é apenas um passo em um processo longo que continua. O laudo será anexado a um inquérito que investiga responsabilidade no caso.

Miguel fazia aula de natação pela escola em que estuda, mas com serviço terceirizado. Estava em uma academia usada pela escola quando foi puxado para o fundo e se afogou. Não há prazo para conclusão do inquérito.

Atraso em laudos não é exclusividade de Rio Preto. Em Marília o Ministério Público denunciou há poucos dias um perito que teria deixado de entregar laudos para 187 inquéritos, muitos deles acabaram engavetados por falta dos documentos (CLIQUE AQUI para saber mais).

Segundo dados de junho deste ano divulgados pelo potal G1, faltam 22% dos profissionais para perícias, especialmente médicos. Não há dados sobre o número de inquéritos emperrados por falta dos documentos.