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Em sete horas, Reggae a Alma une música, arte, lazer e celebra vida

Em sete horas, Reggae a Alma une música, arte, lazer e celebra vida

Público eclético. Muitas idades, muitos estilos e um só compromisso: enfrentar uma maratona de pelo menos sete horas de Reggae a Alma, evento que uniu música artes plásticas, entretenimento e uma celebração da vida em Marilia.

A festa reuniu quatro bandas de reggae e rap, incluindo finalização com o grupo Mato Seco, que ganhou  público em todo o país com projetos como tributo a Bob Marley e uma participação no reality Superstar, da rede Globo.

O grupo subiu ao palco pouco depois das 2h deste domingo e embalou as centenas de pessoas na plateia com músicas próprias e grandes sucessos, como “Woman don´t cry”, além de mensagens pela paz, respeito, justiça e igualdade social.

E enquanto as bandas se revezavam no palco, artesãos e grafiteiros reuniam público com show de produção e estilo. Um evento alternativo  e independente que atraiu público regional.

“São sempre eventos independentes, dificilmente tem grande apoio oficial e até acho bom que seja assim, porque quando isso acontece ele perde autenticidade”, explica o grafiteiro Guilherme Lemos de Almeida, que vive na cidade há dez anos, sempre trabalhou com arte e há seis meses descobriu esta forma de expressão.

Isabel Lovato descobriu o grafite como hobby, especialmente aos finais de semana, e disse que é bem difícil encontrar espaços para este tipo de evento. Disse que a população gosta do trabalho, mas ainda não dá valor comercial. “A população aceita, gosta, mas ainda é difícil contratar um artista, mas a gente segue fazendo nos eventos e nas ruas mesmo.”

“A proposta é essencial, precisa de um rolê diferente, uma banda boa. A gente só vê sertanejo, coisa assim. A gente precisa ver isso aqui, ver reggae e a cultura em torno do reggae”, disse Gabriel Ataíde Valentin, que levou para a festa uma banca de artesanato.

Segundo ele, fora dos eventos independentes e festas como a de ontem a cidade não espaço para artesãos e seus trabalhos. “É feira, de quinta na feira noturna e domingo.”

O projeto “Por ai com Margô”, que coloca o artistas Guilherme Shiessi Moreno e Caroline Andrade para rodar o país em uma Kombi, também fez parada na cidade. Ele é de Garça, os dois moram em Birigui, de onde partiu a iniciativa, vai muito além de uma proposta comercial. É mesmo um projeto de vida.

Todas as viagens acabam em uma página do youtube e em redes sociais. Eles vão, vendem, produzem artesanato e voltam para casa. Mas a proposta no futuro é sair pra longas viagens, passar mais tempo na estrada com arte, amigos, eventos e a Kombi.

“Ainda é complicado porque não há regulamentação para trabalho de artesão, você poder chegar a uma cidade, identificar local onde possa expor, mostrar o trabalho. Não tem espaço e não tem serviços onde você possa regularizar, talvez pagar uma taxa ou coisa assim. Falta isso.”