O salário de 400 funcionários da Gota de Leite que atuam na rede básica de saúde em Marília está atrasado há cerca de uma semana. Situação recorrente e que dura dois anos segundo o Sinsaúde (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde), pode desencadear uma greve a partir do mês de outubro.
Os trabalhadores da saúde afetados, a maioria atuando como auxiliares de enfermagem ou em setores de recepção, secretaria e limpeza, trabalham nos postos de saúde e são contratados como terceirizados pela maternidade. No entanto, a verba destinada ao pagamento é de responsabilidade da prefeitura. Já os funcionários que trabalham na Maternidade Gota de Leite são pagos com recursos proveniente do SUS.
Aristeu Carriel, presidente do sindicato, revela que os atrasos mensais são comunicados ao Ministério do Trabalho e que diversos pedidos de fiscalização já foram encaminhados ao órgão. Além disso, o Sinsaúde já denunciou o caso à Procuradoria do Trabalho em Bauru e também entrou com uma ação na Justiça do Trabalho em Marília para que a prefeitura resolva a situação.
“A previsão é que os salários sejam pagos sexta-feira (16). Mas dependendo da hora do depósito, a compensação só ocorre na segunda (19). São pelo menos dez dias de atraso”, diz Carriel, ressaltando que o salário deveria ter sido pago dia 6 de setembro. Em média, cada funcionário recebe R$ 1.100.
OUTRO LADO
Em nota a prefeitura de Marília “esclarece que não procede a informação de que os pagamentos vem sendo atrasados constantemente há quase dois anos, conforme o questionamento. E que os mesmos (pagamentos) estão em ordem junto a esta instituição hospitalar, segundo o convênio firmado entre as partes. A Prefeitura esclarece ainda que em setembro, devido ao feriado da Independência do Brasil, os pagamentos começaram a ser feitos no dia 6. O restante dos pagamentos para a Maternidade Gota de Leite serão executados nos próximos dias.”
Marília