Marília

Protesto deixa pelo menos mil alunos sem aula; veja as escolas afetadas

Trecho de panfleto distribuído pela Apeoesp nas escolas
Trecho de panfleto distribuído pela Apeoesp nas escolas

Dados da Apeoesp (Sindicato dosProfessores) indicam que pelo menos mil estudantes da rede estadual de ensino em Marília devem ficar sem aulas nesta quinta-feira (22) devido à paralisação dos professores em protesto por melhores salários e condições de trabalho. 

Segundo a entidade, até a tarde desta quarta-feira (21) apenas a escola José Alfredo de Almeida, no Jardim Continental, havia confirmado 100% de participação. O estabelecimento de ensino possui 35 professores e cerca de 800 estudantes. Outras escolas que confirmaram adesão parcial de docentes foram Nelson Cabrini, no Jardim Esplanada; Nassib Cury, no Teotônio Vilela; Amaury Pacheco, no Jardim Elsorado; Benito Martinelli, no Santa Antonieta; e Neuza Marana Feijão, no distrito de Lácio. 

Pais de alunos que não receberem comunicado sobre a adesão de professores na paralisação são orientados a ligar nas escolas que confirmaram a participação para saber se seus filhos terão aula.

A Apeoesp de Marília reservou um ônibus para levar os docentes até São Paulo, onde às 14h desta quinta está programada uma passeata com saída do vão livre do Masp, na avenida Paulista. Cerca de 60 professores de Marília estarão no protesto contra as reformas que vêm sendo anunciadas pelo Governo Federal na Previdência e também nos cortes de investimentos no serviço público. Além disso, a categoria luta por um reajuste salarial de 16,66% para repor a inflação dos últimos dois anos e meio.

Segundo Ana Cláudia Costa Guedes, conselheira regional da Apeoesp de Marília, o ato deve servir como preparação para uma greve generalizada de diversas categorias ligadas às centrais sindicais de todo o país.

O descontentamento se refere à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241 que congela os orçamentos dos setores públicos pelos próximos 20 anos, e ao PL (Projeto de Lei) 257 que determina que em troca da renegociação das dívidas dos estados com a União, os governos terão de impor limites nos gastos com serviços públicos. Ambos os projetos já passaram pela Câmara dos Deputados e precisam ser aprovados pelo Senado, mas segundo os sindicalistas, vão promover o sucateamento das instituições públicas e sobrecarregar ainda mais os servidores.

Na região que compreende a diretoria de ensino de Marília, cerca de 2 mil professores atuam em 45 escolas.