Marília

Professores de Marília planejam nova paralisação

Professores de Marília planejam nova paralisação

Mesmo com adesão de apenas 10% dos professores de Marília – índice bem abaixo do previsto pela Apeoesp – a paralisação da categoria promovida quinta-feira (21) em todo o Estado, culminou com a proposta de uma nova manifestação, dessa vez para o dia 5 de outubro, em um ato que deve reunir centrais sindicais de todo o país, em Brasília. A categoria espera que a mobilização ganhe corpo motivada principalmente pelas mudanças no ensino médio anunciadas pelo Governo Federal, e que deve excluir da grade curricular as disciplinas de filosofia, sociologia, educação física e artes. Na região que compreende a diretoria de ensino de Marília, cerca de 2 mil professores atuam em 45 escolas.

A Apeoesp de Marília informou que dia 28 próximo uma assembleia vai definir a forma como a próxima paralisação será abordada com os professores da rede. Os docentes pretendem ainda ampliar a adesão às mobilizações argumentando que as reformas anunciadas pelo Governo Federal na Previdência e também nos cortes de investimentos no serviço público trarão prejuízos não só à categoria do ensino, mas a todos os funcionários públicos.

O descontentamento se refere à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241 que congela os orçamentos dos setores públicos pelos próximos 20 anos, e ao PL (Projeto de Lei) 257 que determina que em troca da renegociação das dívidas dos estados com a União, os governos terão de impor limites nos gastos com serviços públicos. Ambos os projetos já passaram pela Câmara dos Deputados e precisam ser aprovados pelo Senado, mas segundo os sindicalistas, vão promover o sucateamento das instituições públicas e sobrecarregar ainda mais os servidores.

Além disso, os professores alegam defasagem salarial ao longo de dois anos e meio. Eles reivindicam reajuste de 16,66% só para repor a inflação do período.