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Produtor recusa R$ 80 mil por galo caipira

“Indião” galo da propriedade em Santa Cruz do Rio Pardo
“Indião” galo da propriedade em Santa Cruz do Rio Pardo

Você pagaria R$ 80 mil por um galo? Pois saiba que há quem pague. Difícil é convencer o dono da ave a vender. O caso é real e pagar pequenas fortunas por um galo está se tornando cada vez mais comum.

Uma propriedade rural em Jaguariúna (400 Km de Marília), alega ter os maiores frangos caipiras do mundo, entre eles, o recordista “Canário Diamante”, galo com 1,24 metro da ponta do bico até os pés. 

Tais animais chamam a atenção não apenas pelo tamanho. Haroldo Poliselli, dono da ave, diz já ter recebido e recusado uma oferta de R$ 80 mil pelo galo. Segundo ele, a ave não tem preço devido sua genética privilegiada. O retorno que o galo pode trazer pode ser superior à oferta que ele recebeu. 

Os frangos caipiras são da raça índio gigante, uma mistura de galinhas rústicas usadas para rinhas há mais de 30 anos, e galinhas caipiras tradicionais. Com a seleção genética, nas últimas décadas, surgiu esta linhagem de frangos gigantes, dóceis e de desenvolvimento mais rápido que a galinha caipira convencional. O animal é destinado para a produção de carne, que é bem mais macia do que a de variedades tradicionais.

Em Santa Cruz do Rio Pardo (120 Km de Marília), o produtor Reginaldo Basílio iniciou há três meses a criação da raça índio gigante e já comemora os resultados. Ele adquiriu um galo registrado com mais de um metro de altura. Seu filho, o “Indião”, já está com 90 centímetros. Para dar conta da demanda, Basílio adquiriu até uma chocadeira.

“A raça índio gigante é excelente. É uma ave rústica que não necessita de cuidados especiais. Os ovos são grandes e saborosos. O crescimento é mais rápido que outras raças e o frango fica pronto para o abate mais rápido. Além disso ele produzem mais carne, com mais sabor e maciez”, informa.