Marília

Abandono derruba avaliação do Contorno de Marília em pesquisa nacional

Abandono derruba avaliação do Contorno de Marília em pesquisa nacional

Uma pesquisa nacional divulgada nesta quarta-feira pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) incluiu 26 km de rodovias estaduais na região de Marília entre a maioria de estradas com defeitos classificadas como regulares ou ruins.

A pesquisa mostra que 58,2% das rodovias brasileiras têm algum tipo de deficiência na pavimentação, sinalização ou geometria. O relatório apresenta dados por estado e por rodovias e mostra que o poder público trata mal das estradas que não transfere para a iniciativa privada.

Segundo a pesquisa, os 20km da rodovia Sp-333 na interligação com a nacional BR-153 apresentam um estado geral e geometria regulares, o que chega a ser um elogio para o trecho de obras abandonadas entre a zona norte de Marília e os acessos para distritos de Rosália e Dirceu.

Com obras paradas, a pista tem asfalto ruim, trajeto pior, muitas panes e quebras em veículos e uma lentidão agravada pelo grande tráfego de caminhões.

A avaliação foi ainda pior para os seis quilômetros em que a rodovia SP-294 – que liga Marília a Bauru e Panorama – se encontra com a BR. Para a Confederação o pavimento é regular e a geometria é ruim.

Nos dois casos, além de melhorias de conservação, a estrada seria melhor com projeto de expansão da BR-153 que prevê um novo traçado. A proposta está engavetada pelo governo federal e a previsão é que leva até dez anos para que saia do papel.

E enquanto Marília sofre com abandono do governo estadual, outros pontos da região comemoram. Trechos de interligações de rodovias em Bauru, Araraquara e até Catanduva e Espírito Santo do Turvo aparecem entre os dez melhores do pais.

De 2015 para 2016 o levantamento aponta que houve aumento de 26,6% no número de pontos considerados críticos nas rodovias, com problemas como buracos, queda de barreiras e erosões.

Além disso, a pavimentação atinge apenas 12,3% da extensão rodoviária nacional. A CNT estima um aumento médio de 24,9% no custo operacional do transporte no país em função das más condições das rodovias. A região Nordeste é a que tem as piores condições de pavimento.

“A manutenção deveria ser feita de forma mais efetiva e frequente, pois [a falta de manutenção] é um processo evolutivo de perda de qualidade e que vai gerando incrementos de elevação de custo e de queda de segurança”, disse o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.

A CNT calcula que, para melhor qualificar a malha rodoviária brasileira, seriam necessários investimentos de R$ 292,54 bilhões. Desse total, R$ 137,13 bilhões seriam destinados a duplicações; R$ 98,33 bilhões a construção de novos trechos e pavimentação; e R$ 57,08 bilhões para restauração e reconstrução de pavimentos.

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