Sentados em suas mesas, 14 empresários e consultores. Em torno deles, grupos de estudos que se revezam para apresentar planos de novas empresas, estudos sobre a proposta de investimentos e avaliações de viabilidade. Deste encontro saem boas notas, aprendizado único e ainda podem surgir grandes negócios.
Com essa ideia, alunos do último ano do curso de Administração de Empresas do Univem participaram na noite desta quarta-feira da III Rodada de Negócios, um encontro com empresários e especialistas da cidade e região que encerra um dos principais projetos de formação profissional do curso.
Participaram nomes de marcas reconhecidas no mercado área, como Silvio Marcon, da Metalúrgica Marcon, e Gustavo Spila, da Spiltag, e consultores como Marcelo Montagnana, do Sebrae, ou Elvis Fusco e Fábio Idacêncio, professores no Univem e dirigentes da Asserti e do CITec.
E também algumas das revelações, como William Marques, um dos fundadores da Tray e o gerente de desenvolvimento da marca, Rafael Takashi; Vinícius Amorim, do aplicativo “Tá Pago” , um modelo de start up desenvolvido na cidade.
Estudantes e professores do curso de Administração do Univem durante rodada de negócios
Antes de chegar até as empresas, os estudantes passaram por quase dois anos de planejamento, bancas de professores, uma exposição de seus projetos para o público. A meta é tornar o projeto ainda melhor para o próximo ano.
“Ano que vem pretendemos ter os empresários já na exposição dos projetos, para ver como os estudantes se relaci0nam com o público, divulgam o modelo de negócio. São empresários que trazem a experiência. É o momento em que o aluno sai do casulo. O Univem lança ao mercado mais uma turma os melhores administradores, que saem do ambiente acadêmico e encontram a realidade do mercado.”, diz o coordenador do curso, professor Luís Fernando Manfrim.
O empresário Sílvio Marcon, que há 41 anos mora em Marília e atuou em diversos segmentos até consolidar sua metalúrgica, participou pela primeira vez, disse que é importante ouvir os alunos e que o país tem espaço para grandes negócios.
“Ainda tem muita coisa, sempre estão aparecendo ideias e possibilidades novas. Mesmo para o que já existe podem existir mudanças que melhorem os sistemas e ninguém percebeu. Às vezes é simples e você pensa: como ninguém viu isso?”
O empresário Luiz Eduardo Diaz, diretor da Life Telecomunicações, foi outro a ouvir os estudantes. Já participou de outras iniciativas semelhantes e elogia a proposta.
“Empreender é muito difícil no Brasil mas é necessário. Você precisa de jovens com interesse em criar valor para a sociedade. A questão de prazos atrapalha muito a participação dos jovens. As coisas tem que ser cultivadas. É importante que o jovem consiga sonhar a si mesmo, que ele tenha uma ideia de onde quer estar daqui a cinco ou dez anos. A partir desta ideia tudo pode ser tirado. É o que se espera encontrar aqui: valores para a sociedade.”
A professora Raquel Ferraroni Sanches, pró-reitora de gradação do Univem, disse o que o modelo do projeto é fundamental para a formação de profissionais com o perfil que a instituição busca, que vai além dos muros, além de uma boa formação acadêmica.
“É preciso pensar qual a função da universidade: construir conhecimento. E se ela constrói precisa ir além de seus muros, deve atingir a comunidade. É muito importante esse processo, essa oportunidade. Os empresários trazem para nós quais as necessidades do mercado e os alunos tem a oportunidade de apresentar suas ideias e eles são muito fecundos em ideias.”
William Marques, da Tray, desenvolveu sua empresa ainda na faculdade, começou com a incubadora no Univem e foi ouvir os alunos. Destacou a importância do encontro.
“É uma oportunidade única, a gente vem do mercado e eles têm o privilégio de ouvir nossas experiências. Tive que aprender na pratica, não tive nada disso e a oportunidade é única, podem ouvir varias pessoas e disso tirar alguns conselhos e enfrentar melhor o ambiente de trabalho. É um diferencial.”
Professores e dirigentes do Univem acompanham apresentação dos projetos de estudantes na Rodada de Negócios
A professora Roberta Brondoni, responsável pela atividade, destaca que o tempo de trabalho e as etapas deixam os alunos preparados para a apresentação e para o mercado
“Hoje eles estão fechando o trabalho, já com confiança maior, já passaram por alguns crivos, fica mais fácil conseguir responder. Buscamos prepará-los bem para realmente conseguir vender suas ideias. Uma das coisas que sempre dissemos que eles precisam acreditar na ideia mas ter as informações para validar a ideia, quando chega para defender a proposta com informações é mais difícil ser questionado.”
A estudante avalia que o encontro é uma grande oportunidade para consolidação do curso. “Após os quatro anos de estudar e dedicar este tempo de aprendizado é um incentivo para não desistir. Muitas vezes se faz o curso e pela dificuldade de conseguir algo na área é uma grande forma de incentivo, manter a cabeça aberta e encontrar oportunidades”, Flávia Campanari Xavier.
Os alunos Carlos Lobo e Andrei Salum desenvolveram um projeto de uma ONG na área de sustentabilidade e elogiaram o conceito do trabalho.
“Muito interessante poder viver esta experiência como um todo, da concepção do projeto e estudo à pesquisa e toda sequência. Chegar nesta rodada de negócio a gente se sente muito mais confiante, um passo a passo que dá uma confiança maior”, explica Carlos
“A gente fica nervoso na hora, mas como tem o projeto na cabeça, tem o tempo de apresentação, começa a conversar a vai ganhando tranquilidade, confiança. A sensação de que a gente sai preparado”, conclui Andrei.